Efetividade da estratégia saúde da família no Distrito Federal
DOI:
10.24281/rremecs2020.5.9.68-79Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Saúde da Família, Assistência à Saúde, Saúde PúblicaResumo
Correlacionar a expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF) com o índice de internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP), no DF, entre 2004 a 2019. Estudo ecológico realizado a partir de dados secundários, com análise de correlação de Pearson entre o índice de ICSAP e a área de cobertura da ESF, bem como a regressão linear entre essas variáveis para quantificar a associação. No período de 2004 a 2019, a área de cobertura da ESF no DF aumentou de 5,99% para 40,94%, enquanto o índice de ICSAP reduziu de 183,7 para 122,4/10.000 habitantes. Essas duas variáveis apresentaram correlação negativa e significativa (r = - 0,662), com variação de -1,062 casos/10.000 habitantes para cada aumento percentual na área de cobertura da ESF no DF. A implementação e expansão da ESF refletiu-se em uma redução de 13 condições presentes nas ICSAP.
Referências
Escorel S, Giovanella L, Mendonça MHM, Castro MSM. O Programa de Saúde da Família e a construção de um novo modelo para a atenção básica no Brasil. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Heal. 2007; 21(2-3):164-76.
OPAS. A atenção à saúde coordenada pela APS: construindo as redes de atenção no SUS. Série técnica para os gestores do SUS sobre redes integradas de atenção à saúde baseadas na APS. 2011.
Morosini MVGC, Fonseca AF, Lima LD de. Política Nacional de Atenção Básica 2017: retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde. Saúde em Debate. 2018;42(116):11-24.
Almeida PF. Atenção primária à saúde no Brasil e os 40 anos de Alma-Ata: reconhecer os desafios para seguir adiante. Cad Saúde Pública. 2018; 34(8):1-3.
Souza LL, Costa JSD. Internações por condições sensíveis à atenção primária nas coordenadorias de saúde no RS. Rev Saúde Pública. 2011; 45(4):765-72.
Alfradique ME, Bonolo PF, Dourado I, Lima-Costa MF, Macinko J, Mendonça CS, et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a construção da lista brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de saúde (Projeto ICSAP - Brasil). Cad Saúde Pública. 2009; 25(6):1337-49.
Rehem TCMSB, Egry EY. Internações por condições sensíveis à atenção primária no Estado de São Paulo. Ciênc e Saúde Coletiva. 2011; 16(12):4755-66.
Ministério da Saúde. Portaria no 221, de 17 de abril de 2008. Disponível em: <https://bvsms.saude. gov.br/bvs/saudelegis/sas/2008/prt0221_17_04_2008.html>.
Pereira FJR, Silva CC, Neto EAL. Condições Sensíveis à Atenção Primária: uma revisão descritiva dos resultados da produção acadêmica brasileira. Saúde Debate. 2014; 38(Esp):331-42.
Ceccon RF, Meneghel SN, Viecili PRN. Internações por condições sensíveis à atenção primária e ampliação da Saúde da Família no Brasil: um estudo ecológico. Rev Bras Epidemiol. 2014; 17(4):968-77.
Corrêa DSRC, Moura AGOM, Quito MV, Souza HM, Versiani LM, Leuzzi S, et al. Movimentos de reforma do sistema de saúde do Distrito Federal: a conversão do modelo assistencial da Atenção Primária à Saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2019; 24(6):2031-41.
Portal da Inovação na Gestão do SUS. Organização da Atenção Primária à Saúde no Distrito Federal. 2013. Disponível em: <https://apsredes.org/ organizacao-da-atencao-primaria-saude-no-distrito-fe deral/>.
Nabuco G, Nunan BA, Soares JO, Marques LP, Nakanishi PT, Cardoso RV, et al. Avanços e conquistas na saúde pública do DF, Brasil: uma contribuição essencial da medicina de família e comunidade. Ciênc Saúde Colet. 2019; 24(6):2221-32.
Rouleau K, Bourget M, Chege P, Couturier F, Godoy-Ruiz P, Grand’Maison PH, et al. Strengthening Primary Care Through Family Medicine Around the World: Collaborating Toward Promising Practices. Fam Med. 2018; 50(6):426-36.
Pazó RG, Frauches DO, Molina MDCB, Cade NV. Panorama das internações por condições sensíveis à atenção primária no Espírito Santo, Brasil, 2000 a 2014. Rev Bras Med Família Comunidade. 2017; 12(39):1-12.
Campos AZ, Theme-Filha MM. Internações por condições sensíveis à atenção primária em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil, 2000 a 2009. Cad Saúde Pública. 2012; 28(5):845-55.
Pinto LF, Giovanella L. Do Programa à Estratégia Saúde da Família: expansão do acesso e redução das internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB). Ciênc Saúde Colet. 2018; 23(6):1903-13.
Santos LPR, Castro ALB, Dutra VGP, Guimarães RM. Internações por condições sensíveis à atenção primária à saúde, 2008-2015: uma análise do impacto da expansão da ESF na cidade do Rio de Janeiro. Cad Saúde Coletiva. 2018; 26(2):178-83.
Zarlotti C, Scudese E, Senna GW, Tonini T, Lopes TS, Pestana CLS. Internações por condições sensíveis à atenção primária após a implantação da estratégia saúde da família no município de Petrópolis/RJ. Rev Pesqui Cuid Fundam Online. 2017; 9(3):811-7.
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Síntese de indicadores sociais - uma análise das condições de vida da população brasileira. 2018.
Maia LG, Silva LA, Guimarães RA, Pelazza BB, Pereira ACS, Rezende WL, et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: um estudo ecológico. Rev Saúde Pública. 2019; 53(2):1-11.
Nedel FB, Facchini LA, Martín M, Navarro A. Características da atenção básica associadas ao risco de internar por condições sensíveis à atenção primária: revisão sistemática da literatura. Epidemiol Serviços Saúde. 2010; 19(1):61-75.
Boing AF, Vincenzi RB, Magajewski F, Boing AC, Moretti-Pires RO, Peres KG, et al. Redução das internações por condições sensíveis à atenção primária no Brasil entre 1998- 2009. Rev Saúde Pública. 2012; 46(2):359-66.
Junqueira RMP, Duarte EC. Internações hospitalares por causas sensíveis à atenção primária no Distrito Federal, 2008. Rev Saúde Pública. 2012; 46(5):761-8.
Mendonça SS, Albuquerque EC. Perfil das internações por condições sensíveis à atenção primária em Pernambuco, 2008 a 2012. Epidemiol Serviços Saúde. 2014; 23(3):463-74.
Publicado
- Visualizações 0
- PDF downloads: 0