ADAPTAÇÃO DA TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE NÁUPLIOS DE ARTEMIA SALINA PARA REALIZAÇÃO DE PESQUISA BIOMÉDICA EM LABORATÓRIOS DE PEQUENO PORTE

Autores

  • Alice Sousa Bequiman alicerobertaartigos22@gmail.com
    Discente do curso de Biomedicina da IESC, Faculdade Guaraí
  • Roberta Rodrigues de Souza robertabiomed@outlook.com
    Discente do curso de Biomedicina da IESC, Faculdade Guaraí
  • Anderson José Gonzaga Lemos anderson.lemos@iescfag.edu.br
    Docente do curso de Biomedicina da IESC, Faculdade Guaraí

DOI:

10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.9

Palavras-chave:

Artemia Salina, Bioensaio, Toxicologia

Resumo

A análise dos efeitos de um composto em um organismo vivo é inviável em muitos laboratórios convencionais por não estarem adequadamente equipados para execução de ensaios biológicos envolvendo animais, tecidos ou órgãos isolados. Diante disso, existe a necessidade da utilização de organismos mais simples para investigação da resposta biológica por um método rápido, prático, seguro e acessível. Além disso, atualmente está sendo difundida a convicção da redução do uso de animais complexos em experimentação. Desta maneira, o Teste de Toxicidade Aguda da Artemia salina (TAS) tem demonstrado boa aceitabilidade pela comunidade científica. Trata-se de um microcrustáceo cosmopolita de água salgada, com fácil reprodução e capacidade de formar cistos dormentes que permanecem viáveis por anos. É uma espécie de fácil manipulação em laboratório, não requer métodos assépticos nem equipamentos especiais, além de ter baixo custo econômico. Com base nisso, o objetivo deste trabalho é adaptação do método de produção de microcrustáceos A. salina para utilização como organismo-teste em pesquisa laboratorial concernente a avaliação tóxico-farmacológica de produtos naturais e sintéticos na região de Guaraí -TO, utilizando materiais que já estavam disponíveis. Na realização da técnica foram obtidos cistos comerciais de A. salina, colocados para eclodir na solução salina alcalinizada contida em placas de Petri, durante um período de 24 horas, os cistos foram expostos a um ciclo claro/escuro em temperatura estabelecida entre 25°C e 30 °C. Verificou-se a eclosão dos cistos com emissão de luz artificial, onde foi possível evidenciar a movimentação das larvas por apresentarem fototropismo durante este estágio de desenvolvimento. Notou-se que a água deve ser destilada, para otimizar o sistema de produção das larvas, o processo de aeração pode ser facultativo se todas as adequações forem feitas de forma eficiente. Observada a necessidade de os cistos terem algum período de exposição à luz durante a eclosão, a luz atua como um importante fator de ativação metabólica, sendo crucial no desenvolvimento dos mesmos. Concluiu-se que o método foi capaz de produzir um pool de organismos para serem utilizados em bioensaios. A elaboração de um protocolo para produção de organismos testes possibilitará efetuar investigações biomédicas no campo da tóxico-farmacologia e serve como estímulo para a abertura de novas linhas de pesquisa na cidade de Guaraí - TO.

Publicado

04-09-2019
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Como Citar

SOUSA BEQUIMAN, A. .; RODRIGUES DE SOUZA, R. .; GONZAGA LEMOS, A. J. . ADAPTAÇÃO DA TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE NÁUPLIOS DE ARTEMIA SALINA PARA REALIZAÇÃO DE PESQUISA BIOMÉDICA EM LABORATÓRIOS DE PEQUENO PORTE. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 9, 2019. DOI: 10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.9. Disponível em: https://revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/287. Acesso em: 23 abr. 2024.