Órteses digitais de silicone em ortoplastia: estratégias para a saúde podiátrica em pessoas com diabetes

Resumo

Introdução: A prevalência do Diabetes Mellitus (DM) está sendo considerada uma pandemia. De acordo com os dados mais recentes, 537 milhões de pessoas entre os 20 e os 79 anos de idade são afetados pelo DM, correspondendo a 9,8% da população mundial. A nova estimativa é que 643 milhões de pessoas serão afetados pelo DM até 2045. O DM mal controlado desenvolve múltiplas complicações a longo prazo, incluindo neuropatia periférica diabética (NPD), úlceras no pé diabético, amputação, e morte prematura. A neuropatia diabética atinge aproximadamente 50% das pessoas, com diabetes e é considerada um fator de risco, de primeiro grau para o desenvolvimento de úlceras nos pés. É causada por danos às fibras somáticas, o que leva à redução ou ausência da sensibilidade podal, diminuição da propriocepção, perda muscular e instabilidade postural. Os dedos desempenham um papel importante na função dinâmica do pé, aumentando a área de sustentação de peso na região do ante pé, impulsionando o corpo para frente, durante a deambulação. A neuropatia motora, desencadeia uma diminuição da amplitude de movimento do pé/tornozelo, desenvolvendo uma atrofia da musculatura, gerando pontos de pressão entre os dedos. As deformidades digitais no plano sagital incluem dedos em garra e martelo. Se a pressão e o estresse dos tecidos continuarem ao longo do tempo sem alívio dos sintomas, poderá levar à ulceração e amputações. Objetivo: Avaliar a eficácia e a estabilidade motora das pessoas com diabetes durante a deambulação, com o uso das órteses digitais de silicone em ortoplastia, com foco na prevenção de úlceras e lesões pré-ulcerativas.