COMUNICAÇÃO ENTRE ENFERMAGEM E A PESSOA SURDA
Palavras-chave:
Comunicação, Deficiência Auditiva, Estratégia Saúde da Família, Consulta de EnfermagemResumo
Diante da importância da comunicação durante a consulta de enfermagem, percebe-se uma grande lacuna entre o profissional e a pessoa com deficiência auditiva pela dificuldade de entendimento da linguagem não verbal durante a assistência, dificultando o acesso do paciente aos serviços de saúde e deixando um sentimento de angústia nos enfermeiros pela sensação de incapacidade na transmissão de sua mensagem. Objetivos: Descrever os aspectos que interferem na comunicação entre enfermeiro e paciente com deficiência auditiva durante assistência à saúde. E especificamente: conhecer a preparação dos enfermeiros quanto ao uso de técnicas de comunicação não verbal no atendimento específico à pessoa surda. Material e Método: Foi realizada pesquisa exploratória, descritiva de abordagem qualitativa com enfermeiras na Estratégia Saúde da Família do Distrito Sanitário II na Cidade de Campina Grande - PB, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), tendo sido utilizada como recurso para coleta de dados uma entrevista com roteiro semiestruturado. Para a análise dos dados foi adotada a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Resultados e Discussões: Apontaram três categorias temáticas, Categoria Temática 1 - Comunicação entre enfermeiro e paciente com deficiência auditiva, sendo que esta apontou uma Subcategoria descrita como necessidade da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS); categoria Temática 2 - Estratégia de comunicação na assistência à saúde das pessoas surdas, e Categoria Temática 3: Dificuldades da Comunicação e sua relação com o acolhimento a usuários surdos, apresentando grande grau de dificuldade no perfil dos profissionais na assistência à saúde dos surdos sendo notório a importância em estabelecer LIBRAS como capacitação profissional. Implicações para Enfermagem: Existem fatores que dificultam a comunicação entre enfermeiro e a pessoa surda, como ausência de domínio de LIBRAS, presença ou não de um intérprete e relação com o sigilo profissional, entre outros. Além disso, estratégias diversas são moldadas pelo profissional buscando favorecer maior integração com o paciente surdo, contudo fator primordial a ser superado é a ausência de preparo formal em LIBRAS pelo enfermeiro, bem como uma reflexão acerca de políticas públicas que proporcionem a garantia de acesso e inclusão adequada de deficientes auditivos à assistência em saúde. Conclusão: É imprescindível uma reflexão sobre essa problemática, reforçando a aplicabilidade dos critérios legais entre eles a inclusão das LIBRAS na formação acadêmica como necessidade, bem como repensar as políticas públicas de inclusão a este segmento populacional, como forma de garantir acessibilidade e um acolhimento adequado aos serviços de saúde.
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