TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DURAS NO CUIDAR DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Palavras-chave:
Cuidados de Enfermagem, Insuficiência Cardíaca, Tecnologia EducacionalResumo
A insuficiência cardíaca apresenta elevadas taxas de morbimortalidade no cenário mundial, sendo responsável pela maior causa de internações por doenças cardiovasculares entre idosos, no Brasil. Nos indivíduos acometidos, observa-se um déficit de conhecimento sobre a doença, de modo a influenciar no autocuidado e na adesão terapêutica. Nesta perspectiva, o uso de tecnologias educacionais se torna um meio facilitador de adquirir conhecimentos que, por várias vezes, ocorre com rápida acessibilidade e reprodução contínua através de tecnologias duras. Objetivo: Identificar na literatura as tecnologias educacionais duras utilizadas no cuidar de pacientes com insuficiência cardíaca. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa, conduzida pela pergunta norteadora: “Quais tecnologias educacionais do tipo dura utilizadas no cuidar de pacientes com insuficiência cardíaca são encontradas na literatura?”. Realizada no período de dezembro/2020 a janeiro/2021 nas bases de dados MEDLINE, CINAHL, SCOPUS, Web of Science e LILACS, por meio dos descritores “Insuficiência Cardíaca” AND “Conhecimento” AND “Educação em Saúde” encontrados nos Descritores em Ciências da Saúde e Medical Subject Headings. Foram incluídos artigos originais disponíveis na íntegra e gratuitos, nos idiomas português, inglês e espanhol e que respondessem à pergunta norteadora. Não houve recorte temporal. As tecnologias educacionais foram categorizadas no tipo dura mediante a classificação de Merhy, que contempla os equipamentos tecnológicos, normas e estruturas organizacionais. Resultados e Discussão: A amostra foi composta por 15 artigos, a maioria com delineamento experimental, em que seis apresentaram o foco na construção e eficácia de meios digitais e os demais em programas e intervenções que utilizam essas tecnologias. Os aplicativos para aparelho móvel predominaram em cinco estudos, que apesar de reclamações sobre a dificuldade de operacionalização e o elevado consumo de internet, mostraram-se úteis devido à velocidade, armazenamento e compartilhamento de informações. Quatro artigos abordaram a importância das ligações telefônicas nas orientações aos pacientes com insuficiência cardíaca, para estimular e gerenciar o autocuidado e a adesão terapêutica, reduzindo as re-hospitalizações. Além disso, os demais estudos evidenciaram a eficácia de jogos educacionais, sites, mensagem de texto nos aparelhos, lembretes digitais, bem como o uso de CD, DVD e notebook nas intervenções educacionais, possibilitando um cuidar dinâmico e interativo, individual ou coletivo, no momento desejado pelo indivíduo. Conclusão: Os artigos demonstraram a influência positiva das tecnologias duras no cuidar aos pacientes acometidos pela patologia e na aquisição de conhecimentos de forma rápida, a qualquer momento e com interatividade, voltadas a incentivar o protagonismo do indivíduo em seus cuidados diários e no tratamento. Implicações para a Enfermagem: A revisão contribui para o incentivo e fortalecimento da inclusão de tecnologias educacionais duras, por enfermeiros, na elaboração e aplicabilidade de estratégias de educação em saúde no cuidar dos pacientes com insuficiência cardíaca.
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