CONSEQUÊNCIAS DAS FAKE NEWS NA ACEITAÇÃO ÀS VACINAS CONTRA COVID-19
Palavras-chave:
COVID-19, Movimento Contra Vacinação, VacinasResumo
Identificado pela primeira vez em 2019 na China, o Coronavírus (SARS-CoV-2) graças a sua transmissibilidade teve fácil disseminação resultando em uma pandemia com número elevado de mortos, internações e efeitos adversos decorrentes da infecção. Concebida como um dos principais meios para erradicação de doenças e diminuição da transmissibilidade, foi na vacina que se buscou uma saída para a situação vivida atualmente. Objetivo: Perscrutar as consequências das fake news (notícias falsas) na anuência na imunização por meio das vacinas contra a doença COVID-19. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa de cunho qualitativo, feita na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) realizada em junho de 2021, utilizando os descritores em saúde “COVID-19”, “movimentos contra vacinação”, “enfermagem” e “vacinas”, empregou-se os operadores booleanos “AND” e “OR”. A busca resultou em 41 trabalhos de pesquisa e na impossibilidade de utilizar todos, foram aplicados os critérios de inclusão: janela temporal de 2 anos (2019-2021), por ser o momento vivenciado na pandemia, textos completos, em português e inglês. E como critérios de exclusão artigos fora do recorte temporal, em outras línguas, duplicados e que não estivessem disponíveis. Foi realizada a leitura na integra e por fim selecionados 5 artigos para a construção do estudo, na base de dados MEDLINE. Resultados e Discussão: Após a análise dos artigos, verificou-se que o Brasil é um dos países que possuem um programa de vacinação mais completo e acessível, facilitando a imunidade coletiva, assim como a recusa frente as chamadas fake news facilmente disseminadas em mídias sociais, as quais repercutem negativamente na saúde pública. Fatores como a rapidez com que foi feita a vacina, omissões e contradições do governo contribuíram para o negacionismo que marcou a pandemia no Brasil, bem como a não adesão à vacina por parte da população, esse pensamento negacionista consta tanto para com a eficácia da vacina, para com a descrença dos verdadeiros riscos da doença. Conclusão: Conclui-se que além da vacina, medidas não farmacológicas devem ser aplicadas nos estados e munícipios frente a pandemia, além de um discurso político alinhado aos protocolos de saúde, salientando a importância e eficácia das vacinas. Impera-se reconhecer os grupos resistentes as vacinas e promover ações estratégicas para os mesmos. No entanto, faz-se necessário maiores pesquisas sobre a temática. Implicações para a Enfermagem: Presente em todo o momento da pandemia, a Enfermagem deve ser incluída no processo de gerência, pesquisa, planejamento e assistência dentro desse contexto, dado que as vacinas influenciam diretamente no número de internações.
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