A PRÁTICA DE DOAÇÃO DE SANGUE ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Palavras-chave:
Doadores de Sangue, Doador Voluntário, Estudantes de EnfermagemResumo
A baixa doação de sangue constitui uma problemática de interesse mundial, pois o sangue é um elemento essencial para a vida, sendo insubstituível artificialmente. Dessa forma, avaliar a prática da doação de sangue entre os estudantes universitários, inclusive os da área da saúde, é de suma importância, visto que este público é um grupo ideal para as doações voluntárias de sangue. Objetivo: Analisar a prática da doação voluntária de sangue entre os acadêmicos de enfermagem. Material e Método: Trata-se de estudo transversal, descritivo, de caráter exploratório com abordagem quantitativa. Em virtude do atual cenário pandêmico do novo coronavírus, a coleta de dados ocorreu on-line no período de setembro a outubro de 2020. Participaram do estudo, 89 acadêmicos de enfermagem de uma Universidade Pública Cearense. Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados, um questionário virtual elaborado através da ferramenta Google forms®, contendo os dados de caracterização sociodemográfica, afetivo sexual e sanguíneo dos participantes. Os dados foram tabulados pela ferramenta específica do Google forms®, analisados e apresentados de forma descritiva-interpretativa e discutidos mediante literatura científica. O estudo obedeceu os princípios éticos e legais da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, obtendo parecer favorável consubstanciado de n° 4.270.207/2020. Resultados e Discussão: Verificou-se neste estudo, que houve a prevalência de acadêmicos de enfermagem regularmente matriculados no 7° semestre, do sexo feminino, na faixa etária de 17 a 40 anos, solteiros, pardos, heterossexuais, sem vínculo empregatício, católicos, com renda familiar bruta de um a dois salários mínimos e pertencentes ao grupo sanguíneo O+. Em relação à prática da doação espontânea de sangue, constatou-se que apenas 33,7% (n=30) já realizaram alguma vez a doação voluntária de sangue, o que nos faz perceber que a doação de sangue é uma prática pouco realizada pelos acadêmicos, mesmo sendo esses da área da saúde e reconhecendo sua relevância. Quanto ao número de doações, prevaleceram estudantes que realizaram apenas uma única doação (11,23%; n=10). Conclusão: Diante dos achados, percebe-se que a prática da doação de sangue entre os acadêmicos de enfermagem é pouco realizada, visto que apenas uma pequena parcela dos participantes já realizou alguma vez a doação de sangue. Logo, aponta-se como limitação do estudo, o fato de não ter sido analisados os motivos pelos quais os estudantes não realizam as doações sanguíneas. Implicações para a Enfermagem: O fato de grande parte dos acadêmicos de enfermagem não terem realizado as doações de sangue é algo preocupante, uma vez que serão profissionais de saúde e responsáveis tanto pelo recrutamento de candidatos voluntários, como na realização de ações educativas de sensibilização da população para esta prática.
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