INFLUÊNCIA DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO NO ALEITAMENTO MATERNO
Palavras-chave:
Depressão, Pós-Parto, Aleitamento MaternoResumo
De acordo com a Organização Mundial da saúde, o gênero feminino é o mais atingido pela depressão, sendo assim, a gravidez e o pós-parto é um período de fragilidade para desenvolvimento dessa sintomatologia. Dessa forma, mulheres com depressão pós-parto (DPP) podem recusar-se a amamentar e criar vínculo afetivo com o filho, acarretando na criança com problemas emocionais, sociais, cognitivos, comprometimento da saúde, prejuízo do desenvolvimento intelectual e motor, baixa autoestima, insegurança em relação a mãe e temperamento complicado. O abandono do aleitamento materno exclusivo em mães com DPP é maior em relação as que não possuem esses sintomas. A mulher deprimida tem dificuldade de compreender os sinais que o bebê demostra afetando a atribuição do exercício materno. Desse modo, autoeficácia da puérpera para amamentar é comprometida por sua baixa autoconfiança e estado deprimido. Objetivo: Identificar como a depressão pós-parto interfere no aleitamento materno. Material e Método: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) por meio de artigos científicos publicados nas bases de dados SCIELO, BDENF, LILACS e REDALYC. Após a leitura de títulos e resumos que correspondiam o objetivo. Compondo 2 na base de dados da SCIELO, 1 na BDENF, 1 na LILACS e 1 na REDALYC. Os critérios de inclusão foram: texto completo, ser em língua portuguesa, ser dos últimos 5 anos, ser relacionado com o tema da pesquisa, foram excluídos os textos que não correspondiam o objetivo proposto. Como estratégia de busca, foram utilizados descritores padronizados no DeCS: depressão, pós-parto e aleitamento materno. Resultados e Discussão: A taxa de DPP avaliada em dois hospitais utilizando a Escala de Edimburgo foram 38,0% e 34,9% respectivamente. A escala demostrou comprometimento do aleitamento exclusivo entre os dois a três meses de vida do bebê, as mães com sintomas de depressão obtiveram maior índice de desmame precoce 22,5% contra 8,0% das que não possuíam tendência a DPP. O aleitamento materno exclusivo foi menor em mães com DPP. Desse modo, puérperas com altos níveis de depressão na Escala Edimburgo obtiveram diminuição de 11,84 pontos na Escala de Autoeficácia para Amamentar. Conclusão: Mães com DPP relataram insatisfação ao amamentar, emoção relacionada ao baixo estimulo para o aleitamento outras, julgavam seu leite insuficiente para o bebê aumentando o sentimento de incapacidade. Além disso, no Brasil existem mitos que comprometem o aleitamento exclusivo, fatores que predispõem o desmame precoce. Implicações para a Enfermagem: a incidência da DPP no país é preocupante necessitando de estratégias e políticas públicas que promovam a prevenção e detecção precoce dessa patologia. Tendo em vista seu impacto, na relação familiar e conexão ente mãe e filho podendo ter efeito negativo na amamentação.
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