PRÁTICAS EDUCATIVAS: LIMITAÇÕES DO ENFERMEIRO E AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Palavras-chave:
Agentes Comunitários de Saúde, Enfermeiro, EducaçãoResumo
O conceito de educação em saúde está ancorado na definição de promoção de práticas saudáveis que tratam de processos que abrangem a participação de toda a população no contexto de sua vida cotidiana e não apenas das pessoas sob o risco de adoecer. Essa noção está baseada em um conceito de saúde considerado como um estado positivo e dinâmico de busca de bem-estar integral. Dentre os profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF), o Enfermeiro e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) destacam-se por desenvolverem práticas educativas junto à comunidade. Contudo, deparam-se com atitudes, valores e crenças diversas das pessoas sob sua responsabilidade, bem como dificuldades no desenvolvimento das atividades educativas. Objetivo: Identificar na literatura quais as dificuldades do enfermeiro e do ACS sobre as práticas educativas em saúde no contexto da ESF. Material e Método: Trata-se de uma revisão narrativa realizada em setembro de 2021 no banco de dados das bibliotecas eletrônicas SciELO e LILACS, utilizando a seguintes descritores: Agentes Comunitários de Saúde AND Enfermeiro AND Educação, foram identificados 24 estudos. Após a leitura na íntegra, verificou-se que apenas 6 artigos era de interesse do objeto de estudo proposto. Resultados e Discussão: Evidenciou-se que a falta de capacitação limita o conhecimento do ACS e do enfermeiro prejudicando a oferta de orientações e informações sobre determinados assuntos. Verificou-se também, a inexistência de momentos para troca de conhecimentos e compartilhamento de dúvidas entre toda a equipe da ESF, e que esses profissionais, muitas vezes, sentem-se impotentes e queixam-se que suas orientações não geram mudança de conduta da população. Neste sentido, faz-se necessário articular ações de formação permanente dos profissionais da ESF, a fim de que possam compartilhar as limitações, os conhecimentos e informações, propiciando o desenvolvimento de ações mais efetivas. Conclusão: Diante do exposto, torna-se necessário um maior número de capacitações para os profissionais das equipes ESF sobre temas oriundos de demandas dos profissionais, assim como, momentos de discussão com toda a equipe para elaboração de atividades de promoção e educação em saúde para a comunidade. Implicações para a Enfermagem: O enfermeiro, como membro integrante da equipe de saúde da família, deve prestar assistência integral com ações que objetivem a promoção e a proteção da saúde, nesta perspectiva as ações de educação em saúde são estratégias importantes para o cuidado continuado, qualidade de assistência e prevenção de agravos, sendo uma das principais funções do enfermeiro da ESF juntamente com o ACS e outros membros da equipe.
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