COMUNIDADE INDÍGENA COM SUAS MALOCAS ABERTAS PARA FALAR DE SAÚDE: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS DURANTE ESTÁGIO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE INDÍGENA

Autores

  • Wilson Celestino Mateus wilsoncm@ifam.edu.br
  • Keliane Gama de Albuquerque kgalbuquerque@ifam.edu.br
  • Maria Jucelice Almeida Trindade mjucelice@ifam.edu.br
  • Leila Rosiane Garcia Ferreira leilinha@ifam.edu.br
  • Michel Castro Fernandes michelf@ifam.edu.br
  • João Pedro Marques Rezende jprezende@ifam.edu.br
  • Sayane Marlla Silva Leite Montenegro sayane.marlla@ifam.edu.br

Palavras-chave:

Saúde Indígena, Educação em Saúde, Saúde na Comunidade

Resumo

Relatar a experiência vivenciada por um grupo de estudantes do curso técnico em enfermagem durante realização do estágio supervisionado obrigatório na comunidade indígena. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência com recorte temporal em agosto de 2021, durante a realização do estágio supervisionado obrigatório pelo IFAM, na Comunidade Indígena Areal, localizada a 22 quilômetros do Município de São Gabriel da Cachoeira - AM, município mais indígena do Brasil, composto por mais de 400 comunidades indígenas, 4 dialetos indígenas oficiais e mais de 50 falados. São Gabriel da Cachoeira está localizada na região do Alto Rio Negro, a cerca de 800 quilômetros da capital Manaus. Resultados: A Comunidade Indígena Areal é composta por cerca de 25 família de etnia Kuripako e Baniwa, onde a língua usual entre os moradores é Baniwa. A comunidade tem um capitão e um vice-capitão, antigamente conhecido como pajé, responsável pela organização da comunidade, assim como organização e cuidado das pessoa, é o líder local. É morador da comunidade, o Agente Indígena de Saúde (AIS) que é vinculado ao Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro (DSEI-ARN), este profissional é responsável por organizar a saúde dos indígenas juntamente com as equipes de saúde que dão entrada na comunidade. A equipe de saúde que faz atendimento aos indígenas da comunidade fazem entrada a cada 15 dias e estão vinculadas ao DSEI-ARN. Para iniciar o estágio na comunidade, fomos recepcionados no centro comunitário com o tradicional “mingau” ou “chibé”, comida típica indígena para reuniões e comemorações culturais. Fomos apresentados a comunidade pelo capitão e começamos os atendimentos de residência em residência. Foram feitos 72 atendimentos, incluindo pré-natal, puericultura, hiperdia (hipertensão e diabético), calendário de vacina, testes rápidos e saúde da mulher. Durante os atendimentos pudemos observar o quanto a comunidade é bem organizada e participa das atividades de saúde. Encontramos apenas 2 famílias que recusaram- se a tomar a vacina contra COVID19, foi feito aconselhamento e uma família se comprometeu a tomar a vacina. Os cartões de vacina das crianças bem organizados e atualizados. Entre os idosos não foi encontrado alterações de pressão e glicemia. A gestante atendida tinha o feto em posição cefálica, BCF presentes e paciente com 36 semanas, foram feitos todos os testes rápidos, com resultados negativos e teste rápido de malária, também negativo. Dos testes rápidos realizados, não houveram reagentes e os pacientes triados incluiu adolescente, adulto e idoso. Ao final de uma semana de atividades, foi feita atividade para as crianças e educações em saúde. Tentamos kits de higiene oral, porém o município relata que não tem os kits devido a pandemia. As atividades recreativas com as crianças incluiu leitura de história, musica, brincadeiras, distribuição de lanche e outras atividades lúdicas. Conclusão: O estágio realizado na comunidade é fundamental e torna-se ainda mais importante por estarmos formando estudantes em sua maioria indígenas que irão trabalhar na saúde indígena. A população atendida  mostrou-se  muito  satisfeita  com  os  atendimentos  em  saúde  e  muito  solicita  para  as orientações que eram passadas através do tradutor, o Agente Indígena de Saúde (AIS).

Publicado

09-12-2021
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Como Citar

CELESTINO MATEUS, W. .; GAMA DE ALBUQUERQUE, K. .; ALMEIDA TRINDADE, M. J. .; GARCIA FERREIRA, L. R. .; CASTRO FERNANDES, M. .; MARQUES REZENDE, J. P. .; SILVA LEITE MONTENEGRO, S. M. . COMUNIDADE INDÍGENA COM SUAS MALOCAS ABERTAS PARA FALAR DE SAÚDE: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS DURANTE ESTÁGIO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE INDÍGENA. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 35, 2021. Disponível em: http://revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/687. Acesso em: 19 jan. 2025.

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