NOVAS TENDÊNCIAS E VIVÊNCIAS DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM NO INTERNATO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Enfermagem, InternatoResumo
A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, trouxe como um dos assuntos centrais de suas propostas a necessidade da mudança do modelo de atenção. Inicialmente, a Atenção Primária à Saúde foi considerada como caminho para alcançar a universalidade das ações no território nacional. A Estratégia Saúde da Família é considerada um dos grandes avanços do SUS. Nela o enfermeiro, que deve desenvolver seu processo de trabalho supervisionando e ampliando o trabalho dos ACS e auxiliares de enfermagem. Diante dessa importância da atuação do enfermeiro na ESF, torna-se necessária a inserção do acadêmico de enfermagem nesse cenário por meio de vivências proporcionadas pelo estágio supervisionado ou internato. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicas de enfermagem, durante o Internato em Enfermagem I, em um Centro de Saúde da Família (CSF) do município de Sobral, Ceará. Metodologia: Relato de experiência, de caráter descritivo. A vivência ocorreu durante o Internato I, do Curso de Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior (IES) particular, do interior do Ceará em um CSF localizado na periferia da cidade de Sobral, Ceará, com duração de aproximadamente quatro meses, entre agosto e dezembro de 2020. Resultados e discussão: A inserção na ESF proporcionou aos acadêmicos de enfermagem a vivência dos processos de trabalho da Atenção Primária, incluindo a atenção à saúde, a gestão e o serviço de imunização, a participação das ações de promoção da saúde e prevenção de agravos e doenças e a atuação no território de forma a contribuir efetivamente com o serviço. O sistema de saúde do município caracteriza-se como saúde escola, onde os enfermeiros do CSF são preceptores do internato, responsabilizando-se por orientar o estudante, auxiliando no processo de aprendizagem. O território em estudo localiza- se área periférica de grande abrangência, onde a população em sua maioria vive em condições sociais precárias, marcado pela violência. Os usuários são de faixas etárias variadas, predominando atendimentos a mulheres, idosos e crianças. Os atendimentos ocorriam em demanda espontânea e programada. Quanto à promoção de saúde, as vivências englobaram tanto as orientações realizadas em atendimento individual, como nos atendimentos coletivos e na realização de grupos de convivência. No que se refere à gerência, foi proporcionado o conhecimento acerca do processo de gestão na ESF. Conclusões: O internato em enfermagem se configurou como uma oportunidade de vivenciar o processo de trabalho do centro de saúde da família. Implicações para enfermagem: A inserção do acadêmico de enfermagem na ESF se faz necessária, uma vez que propicia conhecimentos sobre todo o processo de trabalho do enfermeiro, proporcionando competências necessárias para tornar-se um profissional de excelência, capacitado para prestar uma assistência de qualidade.
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