SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENE DAS MÃOS COMO FERRAMENTA PARA A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Palavras-chave:
Segurança do Paciente, Infecção Hospitalar, Desinfecção das MãosResumo
Considerando as seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente estabelecidas pela Joint Commission International (JCI) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), buscou- se aprofundar os conhecimentos a respeito da Meta 5 que aborda a redução do risco de infecções associadas a cuidados de saúde, com foco na higienização das mãos (HM), uma medida tida como simples e por vezes negligenciada, mas que tem enorme capacidade de evitar o risco de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Infecções estas frequentes, que prolongam a internação e gravidade de muitos pacientes, conferindo custos elevados e um grande problema de saúde pública. Objetivo: Compreender o nível de adesão e realização da técnica correta de higienização das mãos pelos profissionais de saúde para uma assistência segura. Material e Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória, em que foi realizada no mês de março de 2021, uma revisão de literatura em artigos científicos disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores: segurança do paciente, infecção hospitalar e desinfecção das mãos. Foram encontrados 43 artigos, dos quais cinco correspondiam ao assunto em questão. Estes foram analisados na íntegra e compõe esta pesquisa. Resultados e Discussão: Os profissionais de saúde têm um baixo conhecimento sobre a técnica adequada de HM, bem como uma adesão bastante abaixo do esperado. Existe uma importante lacuna entre a teoria e a prática assistencial segura e necessária. Mesmo a grande maioria dos profissionais afirmar conhecer a técnica correta e relatar sua importância, na prática do cotidiano não realizam a HM adequadamente, tornando-se uma ameaçadora fonte de transmissão de microrganismos entre pacientes e entre os próprios profissionais. Conclusões: Faz-se primordial desenvolver estratégias de educação continuada que busquem garantir uma assistência segura e de qualidade. Neste cenário, as equipes de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e do Núcleo de Segurança do Paciente de cada instituição têm papel fundamental no sentido de fornecer insumos e orientações que permitam aos profissionais adotarem uma conduta de segurança do paciente e proteção do trabalhador. Os gestores dos serviços de saúde precisam unir esforços para focar em ações criativas e constantes, que estimulem a participação da equipe multiprofissional de saúde na construção de uma cultura de segurança que garanta uma assistência livre de riscos. Implicações para a Enfermagem: Perceber a HM como importante ferramenta para minimizar o risco de IRAS e proporcionar uma assistência mais segura para os pacientes e profissionais envolvidos é primordial para um cuidado de qualidade e livre de danos que prolongam o adoecimento e a internação do paciente. Como maior categoria presente nos ambientes de saúde, a enfermagem é uma das mais expressivas no controle das IRAS e orientação das equipes.
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