MORTALIDADE POR HIV NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL (2009-2019)
Palavras-chave:
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Epidemiologia, Saúde PúblicaResumo
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é caracterizada como uma manifestação clínica decorrente de um quadro de imunodeficiência causado pelo (HIV). A epidemia de HIV/Aids é uma questão de saúde pública, principalmente quanto à desigualdade dos perfis socioeconômicos, informacionais e demais determinantes sociais das pessoas que vivem com HIV. Objetivo: calcular a taxa de mortalidade por HIV na Região Sudeste e analisar o perfil das pessoas que morreram por esta causa. Material e Método: trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, analisado no recorte temporal de 2009-2019. Foram utilizados os dados provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para analisar a mortalidade de acordo com as variáveis: sexo (feminino e masculino), cor/raça (branca, preta, amarela, parda, indígena), escolaridade (nenhuma a ≤ 12 anos), idade (20-79 anos), estado civil (solteiro, casado, viúvo e separado) e grupo CID-10 (HIV), segundo a região sudeste do Brasil - DF. A análise estatística e das taxas de mortalidade ocorreram mediante o auxílio do Microsoft Office Excel. Resultados e Discussão: Considerando as variáveis selecionadas e ambos os sexos, o número de óbitos por HIV foi de 40.525, suscitando em uma taxa de mortalidade de 0,45 de acordo com a urbanização da região sudeste. Destes, boa parte 26.763 (66,04%), era do sexo masculino, próximo à metade 12.733 (45,5%) possuía cor/raça branca. Tendo em vista ambos os sexos e o n° total de óbitos, 27.897 (68,8%) compunham o estado civil solteiro. A mediana da escolaridade foi de 1-3 anos, sendo maior a prevalência do HIV na faixa etária de 40-49 anos, 12.606 (31,1%). Os dados desta análise corroboram com a literatura, ao afirmar que a grande maioria das pessoas que foram a óbito possuíam o ensino fundamental e eram solteiros. E de acordo com dados do Ministério da Saúde, 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil e não sabem e, quando conhecem seu estado viral, há casos de uso irregular de antirretrovirais e falha ou não adesão do uso de preservativos, o que dificulta a prática assistencial e resulta em possíveis agravos. Tais quantitativos, reforçam a importância da prevenção e do tratamento eficaz. Conclusão: Constatou-se, que os óbitos são prevalentes na população solteira, do sexo masculino e de baixa escolaridade. Implicações para a Enfermagem: Vale ressaltar, que o fortalecimento do autocuidado desse grupo, em conjunto com a assistência do enfermeiro e da equipe da Atenção Primária (APS) com educação permanente e busca ativa, são instrumentos capazes de reduzir ainda mais esse panorama, dito que é a primeira alternativa de saúde da população em situação de vulnerabilidade social e no geral.
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