DEFICIÊNCIA DA VITAMINA B12 RELACIONADA AO USO PROLONGADO DO OMEPRAZOL
DOI:
10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.13Palavras-chave:
Omeprazol, Deficiência de Vitamina B12, DemênciaResumo
Os inibidores da bomba de prótons (IBPs), são classificados como os principais fármacos de escolha para tratar doenças como gastrite, úlcera duodenal, esofagite de refluxo e demais problemas gástricos. Dentre os medicamentos para tal finalidade, o omeprazol é um dos mais utilizados pela população, sendo amplamente aceito por apresentar poucos efeitos adversos e por possuir um baixo custo em relação a outros fármacos para o mesmo propósito. Além disso, o medicamento é conceituado como um dos mais conhecidos e prescritos da classe. No entanto, sua aplicação de forma indiscriminada e desregrada tem aumentado de forma considerável e de maneira gradativa nos últimos anos, constituindo outro fator de suma importância para avaliar o potencial de risco. Com base nessa informação, torna se evidente a necessidade de um acompanhamento profissional adequado às condições clínicas de cada indivíduo, reduzindo assim, as possibilidades de que o tratamento resulte em efeitos prejudiciais ao organismo. O objetivo consiste em abordar os benefícios terapêuticos do uso do omeprazol, e esclarecer os riscos da automedicação e possíveis malefícios com o uso contínuo. Utilizou-se as bases de dados SCIELO e LILACS. O uso contínuo do omeprazol tem sido associado a diversas deficiências de nutrientes, e a redução da absorção da cobalamina tem sido alvo de grandes discussões. A vitamina B12 é importante na formação e maturação das hemácias, e necessária na manutenção do correto funcionamento do sistema nervoso. Como o omeprazol eleva o pH estomacal acaba gerando interferência no processo da sua absorção, provocando uma deficiência desse nutriente. Portanto, é observada uma discreta redução na absorção durante o uso dos inibidores da bomba de prótons, mas em casos de tratamento prolongado, os níveis de vitamina podem resultar em valores considerados anormais. A carência de vitamina B12, sem tratamento, pode levar a demência, a qual se caracteriza como uma síndrome clínica, que tem variedade de sinais e sintomas, podendo ser manifestados por meio de dificuldades de memória, distúrbios de linguagem, mudanças psicológicas e psiquiátricas. No caso de comprovação da necessidade do uso contínuo desse fármaco, o profissional deve avaliar os achados clínicos, e se possível, realizar alterações no tratamento prescrito, reduzindo assim, o risco de acometimento de enfermidades geradas com a aplicação desregrada e desorientada. Dessa forma, possíveis consequências nocivas ao organismo dos consumidores serão naturalmente reduzidas.
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