TRANSFUSÃO DE HEMÁCIAS EM PACIENTES FALCÊMICOS

Autores

  • Rawanderson Ferreira Lima Barros bradforever01@gmail.com
    Discente do curso de Biomedicina do Instituto Educacional Santa Catarina
  • Roniel Resplandes da Silva ronielbiomed@gmail.com
    Discente do curso de Biomedicina do Instituto Educacional Santa Catarina
  • Mara Soares de Almeida Mota mara.almeida06@gmail.com
    Docente do curso de Biomedicina do Instituto Educacional Santa Catarina

DOI:

10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.10

Palavras-chave:

Anemia Falciforme, Aloimunização, Terapia Transfusional

Resumo

A anemia falciforme é uma anemia hemolítica consequente da criptografia da cadeia beta de globina, uma alteração específica no DNA do portador. Ela é de natureza autossômica recessiva encontrada em pessoas que possuem os alelos do gene idênticos para Hemoglobina S (HbS). Atingindo principalmente afrodescendentes, a anemia falciforme é considerada muito comum no Brasil, assim como, é uma das doenças hereditárias mais frequentes no mundo. O presente estudo trata-se  de  uma  revisão  bibliográfica  realizada  com base  em artigos  científicos  nacionais  e internacionais, monografias, leis e livros. Tem como objetivo abordar a transfusão de hemácias em pacientes falcêmicos, elencando também as reações que podem ocorrer em função dessa terapia. A transfusão em pacientes com anemia falciforme proporciona a redução da parcela de HbS por diluição e aumento do hematócrito com supressão relativa da produção de hemácias, e assim ocorre uma considerável melhora no transporte de oxigênio para os tecidos e prevenção dos efeitos na vascularização referentes à falcização. As transfusões de hemácias têm por finalidade fazer com que a concentração de HbS fique menor que 30%, além de manter a hemoglobina final entre 10 e 12 g/dL. Nos casos de crise de dor, a transfusão de hemácias só é recomendada se houver uma baixa de hemoglobina maior que 20% comparada ao valor basal e devem seguir a medida de 10 mL/kg, porém não ultrapassando o volume máximo de 300 mL. A exsanguíneo transfusão parcial é uma opção de tratamento mais aconselhável em alguns casos pois promove a diminuição da concentração de hemoglobina S além de reduzir a hiperviscosidade sanguínea. Esse tratamento pode ser utilizado em algumas complicações da anemia falciforme. Uma das complicações mais frequentes da transfusão sanguínea em pacientes falciformes é a aloimunização contra antígenos das hemácias. Isso pode ocorrer em cerca de ¼ (um quarto) dos pacientes que estejam no sistema de transfusão crônica. Outra reação transfusional que pode ocorrer em pacientes com anemia falciforme é a sobrecarga de ferro. O corpo humano é incapaz de elevar a eliminação de ferro, isso faz com que o organismo tenha uma sobrecarga em caso de múltiplas transfusões. Conclui-se que, a terapia transfusional é uma ótima opção de tratamento das complicações agudas desta anemia, porém pode trazer algumas complicações ao paciente. O método mais eficaz para prevenir a aloimunização, é a fenotipagem eritrocitária. O aperfeiçoamento da fenotipagem eritrocitária pode reduzir ainda mais o risco de aloimunização considerando a grande quantidade existente de grupos sanguíneos.

Publicado

04-09-2019
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Como Citar

FERREIRA LIMA BARROS, R.; RESPLANDES DA SILVA, R. .; SOARES DE ALMEIDA MOTA, M. TRANSFUSÃO DE HEMÁCIAS EM PACIENTES FALCÊMICOS. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 10, 2019. DOI: 10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.10. Disponível em: http://revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/288. Acesso em: 13 set. 2024.