UTILIZAÇÃO DE BIOSSENSORES E BIOMARCADORES NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE PRÓSTATA
DOI:
10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.5Palavras-chave:
Biossensores, Câncer de Próstata, BiomarcadoresResumo
O câncer de próstata (CaP) é uma das doenças que mais tem causado mortalidade entre os homens, sendo considerado um problema de saúde pública aqui no Brasil. Seu diagnóstico é realizado por meio do toque retal e a detecção definitiva é estabelecida por meio de biópsia, sendo métodos invasivos e que podem causar um certo constrangimento ao paciente. Neste enfoque, a utilização de biossensores para a detecção precoce dessa doença torna-se primordial uma vez que esses dispositivos analíticos são altamente seletivos, sensíveis e propiciam método de análise menos invasivo. O fato dos biossensores serem seletivos é devido a imobilização de biomarcadores específicos na superfície dos eletrodos que são utilizados para a detecção da anomalia. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo descrever os principais biomarcadores específicos que estão sendo utilizados no desenvolvimento de biossensores para o diagnóstico do câncer de próstata. Para a revisão de literatura, foram pesquisados artigos de 2010 a 2019 no banco de dados do Google Acadêmico, Scielo e ScienceDirect. Após a análise dos mesmos, verificou-se que os biomarcadores mais empregados no desenvolvimento de biossensores para a detecção do CaP foram: Antígeno Prostático Específico (PSA), Alfa-Metilacil-Coenzima A racemase (AMACR), Calicreína humana 2 (HK2) e PCA3. O PSA é usado principalmente para rastrear câncer de próstata em homens assintomáticos. Níveis de PSA encontrados no sangue abaixo de 4,0 ng mL-1 são considerados normais. A AMACR é uma enzima envolto de um beta- oxidação peroxissomal dos ácidos graxos de cadeia ramificada e super expresso no epitélio do câncer de próstata, com alta precisão e capacidade de especificar em amostras de sangue. A HK2 é da mesma família do PSA, que é uma proteína com cerca de 80% de homóloga que é capaz de identificar o CaP através de uma amostra de líquido seminal e se mostrando superior ao PSA com precisão nos resultados. O PCA3, biomarcador mais promissor, pode superar o PSA na qualidade nos diagnósticos, nitidez nos resultados e descartando os procedimentos invasivos, pois seu método implica a detecção de seu mRNA na urina onde, quanto maior o nível expresso, maior a agressividade do tumor. Portanto, os biomarcadores apresentam um grande potencial no desenvolvimento de biossensores para a detecção de CaP, proporcionando ao paciente um diagnóstico precoce, tratamento e uma melhor qualidade de vida.
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