PAPEL BIOLÓGICO DO ÁCIDO ASCÓRBICO (VITAMINA C)

Resumo

Conhecida como doença dos marinheiros, o escorbuto, no século 18 fez como vítima os navegadores, que por longos períodos cruzavam o mar e se submetiam a uma dieta carente em frutas cítricas, devido à falta de suprimentos necessários. Foi somente em 1747 que este processo patológico foi correlacionado à deficiência de ácido ascórbico (vitamina C) em um estudo clínico realizado por James Lind, um médico escocês da Marinha Britânica que evidenciou o consumo de sucos cítricos como uma forma de tratamento do escorbuto, concretizando o primeiro estudo controlado de que se tem conhecimento na medicina. Durante o ano de 1907, Holst e Frolich, com o intuito de estudarem e entenderem a gênese da doença, induziram o escorbuto em cobaias. Mas foi somente em 1932 e 1933 que sua estrutura foi elucidada por Hawort, Hirst e colaboradores. Este trabalho retrata um estudo de revisão da literatura. Os artigos selecionados estavam disponíveis nos sites Scientific Electronic Library Online (SCIELO), ScienceDirect, em língua inglesa e portuguesa, disponibilizados na íntegra. O escorbuto se caracteriza como uma síntese defeituosa de tecido colagenoso (e/ou colágeno), sendo considerada uma doença relativamente rara e tendo sua maior ocorrência em países subdesenvolvidos, onde o déficit de vitamina C leva ao seu surgimento. Possui como principais indícios clínicos: contusão, sangramento das gengivas, edema nas articulações, fadiga, vertigem, anorexia, modificação cutâneas, dificuldade no processo de cicatrização, e infecções que podem levar ao óbito. Em termos bioquímicos, a vitamina C é a lactona do ácido derivado de um monossacarídeo, caracterizando-se como um carboidrato. O tratamento do escorbuto se faz por meio da ingestão de frutas cítricas e alguma verdura, visto que o ácido ascórbico não pode ser sintetizado pelo organismo. Consequentemente, o ácido ascórbico tem completa relevância na saúde humana, por possuir várias finalidades biológicas, entre elas, o aumento da produção de leucócitos, que abrangem grande parte dos mecanismos do sistema imunológicos, desse modo atuando na manutenção da imunidade. Trata-se de uma vitamina hidrossolúvel que dispõe de ação antioxidante, que auxilia na neutralização dos radicais livres, possibilitando uma diminuição na produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio.