RADIOLOGIA FORENSE NO BRASIL: REVISANDO A HISTÓRIA

Resumo

A aplicação da radiologia forense foi inserida um ano depois da sua descoberta, em 1895, pelo  alemão  Wilhelm  Conrad  Roentgen  que,  no  ano  seguinte,  demonstrou  a  presença  de  balas  de chumbo na cabeça de uma vítima. Esse fato foi o pioneiro a ajudara solucionara causa da morte. O Registro desse episódio abriu espaço para o uso do método para identificação humana forense no ano de 1927 foi relatada a primeira identificação radiológica completa. A Medicina Forense é a especialidade que, utilizando os conhecimentos técnico-científicos, como a Biologia, a Física, a Química e outras, presta ajuda para a atuação da Justiça. A sua prática se dá através da perícia médica, a parte da radiologia que se relaciona com a criminalista, ajudando a recuperar provas de crime em um cadáver, como as (projétil de arma de fogo) PAF, (perfuração por arma branca), e nos aeroportos na detecção de drogas nas malas, seguranças de presídios para impedir a entrada de aparelhos celulares, armas e drogas. Objetivo: Descrever sobre a história da radiologia forense no Brasil. Material e Método: Estudo de revisão da literatura, os artigos selecionados estavam disponíveis na base dados eletrônicos, em língua portuguesa e disponibilizados na íntegra; publicados entre 2014 e 2019, totalizando 5 artigos. Resultados e Discussão: No Brasil, radiologia forense nasceu no século XX. Com sua atuação política, acadêmica e científica, Afrânio Peixoto (1876-1947) é até hoje considerado, ao lado de Nina Rodrigues, um dos patronos da medicina legal no Brasil. O nome ´´Instituto médico-legal (IML)´´ surgiu em 20 de novembro de 1922, a partir do decreto nº15.848, assinado pelo presidente Arthur Bernardes. Dois anos mais tarde, o decreto nº16.670 aprovou o regulamento do IML, trazendo uma importância transformação institucional, descrita no artigo 1º: ´´O instituto médico-legal do Rio de Janeiro constitui uma repartição técnica autônoma, administrativamente subordinada ao ministério da justiça e negócios interiores´´. Desvinculava-se, assim, a medicina legal do âmbito da polícia civil, o decreto de 1924 definiu os setores e cargos do IML, suas atribuições e a regulamentação da perícia e dos exames. A tomografia e ressonância magnética são exames utilizados na área forense. Essas ferramentas possuem protocolo de identificação que facilita demonstrar com mais precisão e, em minutos, resultados que poderiam levar meses para identificação, com os softwares avançados, é possível também realizar a reconstrução facial em formato 3D. Na Radiologia Forense é possível identificar um corpo carbonizado ou ainda com roupas, e com exames de imagens diferenciar detalhes da anatomia que distingue homem ou mulher, densidade mineral óssea, para saber se era jovem ou idoso; ossos do punho para confirmar a idade aproximada do adolescente, se houve fratura no corpo se foi antes ou depois da morte. Conclusão: A radiologia forense é um método de identificação muito utilizado na atuação da justiça. O técnico ou tecnólogo em radiologia forense executa suas  funções  juntamente  com  um  médico  legal,  ou  médico  legista  do serviço. A ideia é permitir e melhorar as chances de reconhecimentos dos familiares quando são encontrados restos mortais.