SARAMPO: DA ERRADICAÇÃO PARA O AUMENTO EXPONENCIAL DA DOENÇA NO BRASIL
DOI:
10.24281/rremecs.2019.05.27a31.IIspccs2.70Palavras-chave:
Sarampo, Vacinação, Surto, ImunizaçãoResumo
Atualmente o Sarampo tem desencadeado grande preocupação na população devido ao aumento do número de casos no Brasil, essa é uma doença infecciosa viral grave, com grande potencial de disseminação, podendo ser transmitida pela tosse, fala e espirro, é considerada de caráter agudo, sendo considerada em algumas partes do mundo, uma das mais relevantes causas de morbimortalidade entre crianças menores de cinco anos de idade. No início deste trabalho o objetivo geral foi informar os métodos de contágio e demonstrar a evolução do número de casos e descrever formas de prevenção. Dessa forma, foi necessário denominar o patógeno e suas principais características, o sarampo é uma doença causada pelo vírus do gênero Morbillivirus (MV), transmitido pela via respiratória, pode ser considerada uma doença comum na infância, porém, uma das mais graves para esse período de vida e a mais contagiosa de todas. Os principais sintomas são febre alta, tosse, conjuntivite, coriza e congestão nasal, pode ser facilmente confundida com uma gripe comum, esses sintomas aparecem entre o 8º e 13º dia após o contato com o vírus, sendo esse o período de incubação. Após a infecção os sintomas são febre, coriza, tosse seca, conjuntivite e fotofobia, do 2° ao 4° dia manchas vermelhas aparecerão, acompanhados da prostração e irritação na pele, até a chegada da remissão, que corresponde a redução dos sintomas, as erupções na pele estarão com aspectos escurecidos acompanhada de descamação fina, semelhante a farinha. É possível ainda, que entre no período toxêmico minimizando a resistência do portador do vírus, facilitando a super infecção viral ou bacteriana, com a possibilidade de ocorrer complicações em crianças com até dois anos de idade, agravando se em caso de desnutrição e adultos jovens. Segundo o Ministério da Saúde o Brasil havia recebido um certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), porém, entre os anos de 2013 e 2015, ocorreram surtos associados a pacientes vindos de outros países, chegando ao número de 1.310 casos, que foi amplamente combatido com ações de bloqueio e com programas de imunização nos Estados e municípios afetados, (principalmente no Nordeste) e em 2017, ocorreram surtos em venezuelanos que adentraram por Roraima, que acabou se alastrando também para Manaus. Já em 2019, registrado no Informe Nº 36, de janeiro deste mesmo ano, já apresentaram um número assustador de 10.302 casos da doença, pegando Estados do norte, nordeste, centro oeste, sudeste e sul. O Estado de São Paulo lidera o ranking publicado no Boletim Epidemiológico de Julho de 2019 com 426 casos confirmados, demonstrando um aumento de 82% em 40 dias. As formas de prevenção estão relacionadas com a vacinação, sendo em duas doses para crianças em seu primeiro ano de vida e reforçada aos 6 anos de idade, atualmente na imunização ativa contra o sarampo é utilizada a vacina tríplice viral, composta de vírus vivo atenuado (enfraquecido), que induz a uma imunidade duradoura e possui eficácia superior a 95% segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações. A Vacina é encontrada nas Unidades Básicas de Saúde, 2 doses para pessoas de 12 meses a 29 anos, 1 dose para pessoas entre 30 e 49 anos. Esta dose “extra” por sua vez não substitui as duas doses do esquema de vacinação. Chegou-se à conclusão que os dados levantados durante a pesquisa, evidencia urgência no enfrentamento dessa doença, nos faz crer que mesmo num trabalho acadêmico é possível disseminar a informação, e a população não pode negligenciar os cuidados devido à gravidade evidenciada na pesquisa.
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