O USO DA CLOZAPINA NA ESQUIZOFRENIA REFRATÁRIA: EFEITOS ADVERSOS HEMATOLÓGICOS
DOI:
10.24281/rremecs.2019.05.27a31.IIspccs2.68Palavras-chave:
Clozapina, Antipsicótico, AgranulocitoseResumo
A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica que atinge 1% da população mundial, sendo uma doença relevante devido aos diversos sintomas (delírios, alucinações, distúrbios de pensamentos, confusão mental) que acarretam diversos problemas sociais tais como: afastamentos de contatos sociais e anulação das respostas emocionais (apatia). Sabe-se que tal doença é decorrente de alterações na liberação do neurotransmissor dopamina. Como forma de tratamento faz-se necessário o uso de antipsicóticos. Nesse contexto, a Clozapina se destaca devido ao seu efeito antipsicótico de segunda geração que atua pelo bloqueio dos receptores D2 da dopamina. Apesar da sua eficácia, o consumo de Clozapina remete cuidados, principalmente por sua capacidade de causar agranulocitose, sendo seu uso indicado apenas aos pacientes não responsivos aos outros antipsicoticos de primeira escolha. Objetivo: Analisar o risco-benefício do consumo de clozapina para o tratamento de esquizofrenia refrataria. Metodologia: Para tanto, realizou-se levantamento de referências bibliográficas publicadas em revistas indexadas na base de dados da Scielo e Medline. Resultados e Discussão: Após as análises dos artigos encontrados, verificou-se que durante o tratamento os pacientes apresentam aumento de eosinófilos, causado pelo uso de clozapina. Assim sendo, uma importante alternativa é o acompanhamento dos pacientes através de hemogramas e monitoramento hematológico, antes e durante o tratamento, para que seja feita a suspensão do mesmo caso exista risco de vida. O paciente deve continuar com o medicamento, desde que o monitoramento hematológico seja rigoroso, e o benefício da antipsicose seja superior ao problema hematológico. Conclusão: A clozapina é indicada para o tratamento de esquizofrenia refrataria, desde que os pacientes sejam submetidos a exames periódicos para monitoração hematológica, evitando prejuízos secundários a saúde do paciente.
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