AUTENTICAÇÃO DA DROGA VEGETAL ENDOPLEURA UCHI - UXI AMARELO
DOI:
10.24281/rremecs.2019.05.27a31.IIspccs2.65Palavras-chave:
Planta Medicinal, Uxi Amarelo, Controle de Qualidade, FitoterápicoResumo
O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana. No processo histórico das plantas medicinais, muitas civilizações descreveram a utilização de ervas e outros vegetais como forma de medicamento, em seus registros e manuscritos. Endopleura uchi é uma espécie originária da Amazônia brasileira, encontrada em estado silvestre em mata de terra firme, dispersa por toda a Bacia Amazônica. A planta é conhecida na região Amazônica como uchi, uxiamarelo, cumatê, pururu, uxi-liso, uxi-ordinário ou uchi-pucu. A casca é amplamente comercializada em feiras, mercados e até mesmo farmácias, sendo prescrita sua utilização na forma de maceração ou chá, para o tratamento de artrite, colesterol, diabete e como anti-inflamatório. A literatura classifica os processos extrativos mais utilizados em dois grupos: a maceração e a percolação, que em seus fundamentos são capazes de correlacionar outras técnicas, como a infusão, a decocção e a turbo-extração. Apesar do número crescente de publicações relatando a análise fitoquímica e a avaliação da atividade farmacológica de espécies vegetais, até o presente não existem estudos suficientes para a utilização racional da maioria das plantas medicinais brasileiras, inclusive do Endopleura uchi. Existe uma crescente demanda na comercialização de medicamentos e fitoterápicos à base dela, pelas farmácias magistrais, drogarias, feiras públicas e até mesmo pela Internet, expondo a população que os consomem a riscos ainda desconhecidos. Objetivo: Através do Controle de qualidade das cascas pulverizadas de Endopleura obtidas comercialmente o presente trabalho visa através de estudos qualitativos desta droga vegetal que contribuam para comprovar a eficácia e segurança do seu uso, ou seja, sua autenticidade. Material e Método: Parte experimental realizada no laboratório da Faculdade Estácio de Carapicuíba, no início de Fevereiro até Maio de 2019. A identificação para os Polissacarídeos com o Método de Reação de Seliwanoff; para a identificação de Saponinas foi realizado o Teste de Espuma; para a identificação de Antraquinonas foi realizada a Reação de Borträger direta; para a identificação de Glicosídeos foi realizada a Reação de Keller - Kiliani e com o Controle de qualidade: Análise macroscópica, teor de cinzas. Resultados e Discussão: Evidenciamos a autenticidade da planta Endopleura uchi através dos seguintes resultados: positivo para polissacarídeos, saponinas e glicosídeos e negativo para antraquinona e presença de 22% de impurezas. Conclusão: Através do estudo em laboratório observou-se a presença de carboidratos (positivo), Impurezas (22% de impureza), Glicosídeos (Positivo), antraquinona (negativo) e saponinas (positivo), controle de qualidade de cinzas (maior que o permitido). O estudo fotoquímico revelou a presença classes de metabólitos secundários predominantes: taninos e cumarinas (berginina). Concluímos que a droga vegetal foi aprovada com restrição, pois foi reprovada no teste de impurezas, onde a Farmacopeia Brasileira apresenta o teor máximo de material estranho que é no máximo 5% e a percentagem na amostra de Endopleura uchi foi de 22%.
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