ESTILO DE VIDA FISICAMENTE ATIVO REDUZ NÍVEIS PRESSÓRICOS EM INDIVÍDUOS COM SOBREPESO

Resumo

A hipertensco  arterial sistfmica (HAS) e uma síndrome crpnica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressco arterial (PA) (1). A mortalidade por DCV aumenta progressivamente com a elevaçco da PA a partir de 115/75 mmHg de forma linear, contínua e independente (2). Esta bem estabelecido  que  o  excesso  de peso desde idades jovens (3) pode aumentar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral (2). Neste aspecto, mudanças no estilo de vida, como habitos alimentares adequados e manutençco do peso corporal ideal sco sugeridas como modos de prevençco e tratamento nco medicamentoso da HAS (4). A diminuiçco da PA apos um período de treinamento tem sido atribuída a uma reduçco do debito cardíaco e do tpnus simpatico sobre o coraçco (59). O objetivo do presente trabalho  foi  avaliar  parbmetros cardiovasculares,  hemodinbmicos e  autonpmicos  em  indivíduos  com sobrepeso que possuíam um estilo de vida fisicamente ativo. Foram selecionados 70 indivíduos com sobrepeso ou obesidade, divididos em dois grupos: Fisicamente ativos (FA: n=30) e sedentários (S: n=40). O nível de atividade física foi definido pela aplicação do IPAQ. Os grupos tiveram sua composição corporal avaliada por Bioimpedância tetrapolar. Foi realizada 3 medidas de PA não consecutivas, sendo utilizado o método auscultatório. Para registro dos intervalos R-R, utilizou-se um frequencímetro Polar® modelo V800.  A  análise  da  VFC  foi  realizada  no  domínio  do  tempo  e  da  frequência.  Nossos  resultados demonstram não haver diferença entre os grupos com relação a idade, estatura ou massa corporal (FA:94,1±2,2 vs S: 93,0±1,6). O percentual de gordura também não foi diferente (FA: 25,8±0,5 vs S: 26,3±0,4). Contudo, o grupo sedentário apresentou maiores valores de PAS (FA: 122,3±11,5 vs S: 129,2±14,1) e PAD (FA: 80,4±7,7 vs S: 84,7±9,7). Também se observou menores valores de RMSSD no grupo sedentário (FA:32,1±3,7 vs S: 26,3±9,3), indicando menor modulação parassimpática sobre o coração nessa população, apesar de não apresentarem diferenças nos demais parâmetros de VFC. Conclui-se que indivíduos com sobrepeso possuem prejuízos na modulação autonômica cardíaca, o que deve estar relacionado aos maiores níveis pressóricos. Outro resultado importante é que o estilo de vida fisicamente ativo foi capaz de reduzir os níveis pressóricos mesmo em indivíduos que continuavam com sobrepeso.