INFECÇÃO HOSPITALAR ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA
DOI:
10.24281/rremecs.2019.05.27a31.IIspccs2.52Palavras-chave:
Pneumonia, Ventilação mecânica, Infecção hospitalarResumo
A infecção hospitalar vem sendo abordada em um grande volume de pesquisas, congressos, devido ao crescente número de ocorrências associadas ao surgimento de bactérias resistentes e a procedimentos invasivos. Um dos procedimentos que tem chamado a atenção é a infecção hospitalar associada a ventilação mecânica, a inserção do tubo endotraqueal impede o fechamento da glote, dificultando a limpeza natural das vias aéreas por meio da tosse (reflexo espontâneo) e permitindo ou facilitando uma infecção pulmonar. As infecções hospitalares, a pneumonia é a segunda causa mais comum e a primeira em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTIs), representando 50% das infecções, sendo a maioria por pneumonia associada a ventilação mecânica, em função da maior prevalência de fatores de risco, tais como a população de imunossupressão, procedimentos invasivos, pressão seletiva a antibióticos ou ainda, microaspiração de secreção da orofaringe para o pulmão que favorece a pneumonia - Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM). O objetivo principal deste trabalho foi mostrar os índices de pneumonia associada a ventilação mecânica bem como, os fatores de risco e processos de prevenção. Essa investigação trouxe números assustadores, por exemplo, nos casos registrados pela equipe de CCIH de um Hospital da Região Metropolitana de São Paulo, pacientes internados em UTIs possui uma porcentagem de 1% a 4% maior de adquirir infecção (PAVM) por dia em relação as outras enfermidades. Os fatores de risco é outro agravante, a própria internação já o coloca exposto a uma série de patógenos ambientais, somados ainda, a manipulação da equipe hospitalar e geralmente aos procedimentos invasivos, característicos a esse tipo de tratamento, além da fragilidade e condições clínicas do paciente, para alguns pesquisadores “os pacientes admitidos em UTIs estão sujeitos de 5 a 10 vezes de adquirir uma infecção hospitalar. Obviamente que esses fatores podem ser reduzidos pelos protocolos criados pelas equipes de CCIH, uso racional de antibióticos, interrupção seletiva da sedação, desmame ventilatório e minimização de procedimentos invasivos na UTI, além da prevenção da colonização do trato gastrointestinal, técnica asséptica dos equipamentos e próteses e programas educativos para equipe de manejo. Esse estudo reforça a ideia de difundirmos as informações de prevenção aos fatores de risco, bem como aos cuidados e esforço em pesquisa para a criação de novas técnicas visando diminuir a repercussão para o paciente, buscando incessantemente diminuir as taxas de morbimortalidade e os custos em todos os sentidos para os hospitais e para o paciente.
Publicado
- Visualizações 0
- PDF downloads: 0