RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA: INCLUSÃO SOCIAL NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL
DOI:
10.24281/rremecs.2019.05.27a31.IIspccs2.44Palavras-chave:
Residência Terapêutica, Inclusão Social, Saúde MentalResumo
Inclusão social ao longo do tempo vêm se modificando, desde a reforma psiquiátrica brasileira que foi um marco muito importante para uma nova estrutura e ações que visam a ressocialização das pessoas com doenças mentais. Ter uma nova visão para essas pessoas, não mais como doentes que devem permanecer internados em manicômios, e sim para ser inseridos na comunidade com o intuito de conquistar espaço e retornar a vida em sociedade. O Serviço Residencial Terapêutico (SRT), regido pela portaria 106/200 do Ministério da Saúde que é um dispositivo, ou seja, uma casa de acolhimento para aqueles que não tem mais contato com suas famílias, nesta casa eles tem contato com profissionais da área da saúde que atuam como cuidadores e também contam com visitas ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Objetivo: Entender a contribuição das residências terapêuticas na inclusão social dos pacientes com transtorno mental e sua efetividade de apoio às esses pacientes, e como a enfermagem tem atuado neste contexto. Material e Método: Estudo de revisão da literatura, os artigos selecionados estavam disponíveis na base dados eletrônicos SCIELO, em língua portuguesa e disponibilizados na íntegra; publicados entre 2014 e 2019, totalizando 8 artigos. Resultados e Discussão: A inclusão social é um estandarte da Reforma Psiquiátrica Brasileira, e todas as suas proposições e programas buscam efetivar ações com essa intenção, o que concebe um importante desafio, já que no processo de exclusão social estão imbricados aspectos políticos, econômicos e sociais que não podem ser enfrentados apenas por meio da área da saúde. As residências terapêuticas são opções de moradia para pessoas com transtornos mentais que não tem suporte familiar e social adequado, especialmente aquelas advindas de internações em hospitais psiquiátricos. O SRT passa a bancar um lugar favorável para operar a reinserção na vida comunitária, daquelas pessoas que buscam retomar sua história de vida, sua rotina diária de cidadania livre, com altercações individuais e processos próprios para seu ambiente habitacional. Os Serviços Residenciais Terapêuticos assumem, na rede de saúde mental, espaços que tratam da reinserção social do usuário dos serviços de saúde mental. Estes lugares surgem da demanda oriunda do processo de desinstitucionalização que o Brasil vive após o movimento de reforma psiquiátrica e da legislação que implantou a política nacional de saúde mental, e garantiu o cuidado em liberdade. Analisando a realidade das residências terapêuticas a enfermagem tem um papel muito importante, na promoção e prevenção em saúde mental individualizando o cuidado e proporcionando a inclusão social por meio de tarefas simples, com o intuito de ter uma efetividade nas residências terapêuticas. Os enfermeiros relatam que aos poucos os usuários vão se socializando com a vida cotidiana dentro de casa, como: sentar-se à mesa para fazer as refeições, tomar banho, ir até a mercearia e etc. Conclusão: As residências terapêuticas são instrumentos para que possa contribuir e ultrapassar a área de saúde mental e se concentre em todas as áreas de conhecimento e atuação do profissional enfermeiro, para contribuir para uma assistência/prática profissional e assim alcançar o retorno de melhoria na promoção, prevenção, recuperação, reabilitação e manutenção da saúde dos usuários. Implicações para Enfermagem: As dificuldades abordadas nas residências terapêuticas são um grande desafio a ser superados, o suporte financeiro, estrutura física e de recursos humanos, a sobrecarga de trabalho, o enfrentamento da sociedade em torno da inclusão social também é um agravante a falta de oportunidade de inserir esses usuários no mercado de trabalho, escola e comunidade é um obstáculo que deve ser ultrapassado, neste contexto o enfermeiro tem um papel muito importante.
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