ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE E A PESSOA COM DEFICIÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Jokasta Sousa Rocha jokastarocha@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Mariana Thees de Morais marianathees@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Priscilla Larissa Silva Pires prihh-larissa@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Gabriella Vieira Carneiro gabriellavieiracarneiro@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Rafael Correa de Faria rafaelcorreafaria@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Fernanda Ladico Miura fernandaladico@gmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Fabiana Sodré de Oliveira fabianasodre@ufu.br
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Solange Rodovalho Lima rodovalho@ufu.br
    Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.75.76

Palavras-chave:

Pessoas com Deficiência, Educação em Saúde, Populações Vulneráveis

Resumo

O último censo demográfico demonstrou que mais de 45 milhões de brasileiros, ou seja, 23,9% da população total do país possui algum tipo de deficiência, seja ela visual, motora, auditiva ou intelectual. Segundo a Organização Mundial de Saúde, por apresentarem maior vulnerabilidade para o desenvolvimento  de  condições  e comorbidades associadas à deficiência, a saúde e bem-estar desta população é um ponto crucial. Justificativa: A alimentação inadequada, sobrepeso, sedentarismo são comportamentos  frequentemente  observados  nesta  população  e  são  vistos  como  preocupações  de saúde pública. Desenvolvimento: Neste contexto, é desenvolvido o Programa de Atividades Físicas para Pessoas com Deficiência (PAPD), na Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Esse programa visa contribuir com a reabilitação, interação social e melhora da qualidade de vida de pessoas com deficiência, desde a infância à fase adulta. Os diagnósticos mais prevalentes entre as pessoas  com  deficiência  atendidas  no  PAPD  são Paralisia Cerebral, Síndrome de Down, sequelas de Acidente Vascular Cerebral e Transtorno do Espectro Autista. Atividades físicas, esportivas e recreativas são desenvolvidas semanalmente para cerca de 150 alunos. Desenvolveu-se um projeto multiprofissional em saúde durante as atividades do PAPD no Campus Educação Física da UFU. O grupo responsável era composto por residentes do Programa de Atenção Integral à Pessoa com Necessidades Especiais do Hospital de Clínicas da UFU, sendo três cirurgiões-dentistas, duas enfermeiras e uma nutricionista. As atividades foram realizadas no período de maio a junho de 2018, totalizando dez encontros, realizados duas vezes por semana, no período vespertino. A ação teve como propósito, esclarecer dúvidas e realizar orientações  sobre  saúde  geral  e  específica,  relacionada  ao  diagnóstico  principal  dos  indivíduos,  de maneira multiprofissional e transdisciplinar. No primeiro encontro, os residentes conheceram o programa e foram apresentados para os alunos e acompanhantes presentes, os quais foram convidados a participar do projeto de  orientação multiprofissional em saúde. Nos encontros subsequentes, foram realizadas entrevistas individualizadas com as pessoas com deficiência e/ou seus acompanhantes que tinham interesse em participar. Foram verificados os sinais vitais e medidas antropométricas dos indivíduos. Durante  as  entrevistas,  os  acompanhantes  relataram  suas  vivências  e  dificuldades  no  cotidiano  do cuidado à pessoa com deficiência, através de discursos que demonstraram sensibilidade emocional. No último encontro, os residentes promoveram uma palestra sobre saúde bucal e alimentação saudável a fim de esclarecer melhor as principais dúvidas encontradas durante as entrevistas. Ao final do projeto, os acompanhantes elucidaram verbalmente o quanto a ação foi importante, sugerindo a continuação das atividades. Conclusão: A inserção de profissionais de saúde no ambiente social da pessoa com deficiência é positiva. A percepção dos residentes sobre a população foi de que ações educativas são indispensáveis, uma vez que a mesma se mostrou carente de informações básicas de saúde. Observou-se também a necessidade de atendimento psicológico às famílias das pessoas com deficiência. Além disso, os profissionais de saúde compreenderam melhor a influência do contexto social na integralidade do cuidado do indivíduo com deficiência.

Referências

Brasil. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Cartilha do Censo 2010: pessoas com deficiência [Internet]. Brasília, DF; 2012 Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/c artil ha-censo- 2010-pessoas-com-deficienciareduzido.pdf>. Acesso em ago 2018.

WHO. Final report of the Ad Hoc Committee on a Comprehensive and Integral International Convention on the Protection and Promotion of the Rights and Dignity of Persons with Disabilities. World Health Organization, The World Bank, 2006.

Publicado

04-06-2019
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Como Citar

SOUSA ROCHA, J. .; MORAIS, M. T. de .; SILVA PIRES, P. L. .; VIEIRA CARNEIRO, G. .; CORREA DE FARIA, R. .; LADICO MIURA, F.; SODRÉ DE OLIVEIRA, F. .; RODOVALHO LIMA, S. . ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE E A PESSOA COM DEFICIÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 75–76, 2019. DOI: 10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.75.76. Disponível em: http://revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/186. Acesso em: 17 set. 2024.