IDENTIFICAÇÃO E ATITUDE DE ABUSO FÍSICO DE IDOSOS NA ROTINA DA ODONTOLOGIA - UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DOI:
10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.63Palavras-chave:
Assistência Odontológica para Idosos, Cirurgião-Dentista, Odontologia em Saúde Pública, Violência doméstica, Vulnerabilidade SocialResumo
A Organização Mundial de Saúde define a violência como o uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico e privação. O Cirurgião-Dentista (CD) desempenha um papel importante na identificação dos sinais físicos de abuso físico em seus pacientes idosos, visto que aproximadamente 50% destas lesões acometem a região orofacial. Objetivo: O presente estudo objetivou responder a seguinte questão norteadora: “Os Cirurgiões-Dentistas estão aptos a identificar e notificar a violência contra o idoso?” Método: A pergunta de pesquisa foi baseada na estratégia PVO para revisão sistemática, no qual “P” significa problema/pessoas, “V” variável e “O” outcome (desfecho). A presente revisão sistemática foi realizada seguindo as recomendações PRISMA e registrada no PROSPERO (CRD42015026437). A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas LILACS, PubMed, Embase, SciELO, Web of Science. Para a busca da “literatura cinzenta” foram utilizadas as bases OpenGrey e Google Scholar. Não houve restrição de idiomas, tempo ou status de publicação. Foram incluídos apenas estudos transversais que avaliaram a percepção, conhecimento e atitude dos CDs que prestam atendimento à população idosa. Foram excluídos estudos com dados exclusivamente qualitativos, estudos que utilizaram amostragem de alunos do curso de Odontologia, textos de revisão, carta ao editor, editoriais, relatos de casos, livros e capítulos de livros. Resultados: A busca resultou em 842 registros, dos quais oito foram considerados elegíveis. Seis estudos utilizaram questionários para avaliar o conhecimento, percepção e conduta, enquanto dois estudos avaliaram estas informações extraídas a partir de entrevistas pessoais. Dois estudos foram classificados como de alta qualidade metodológica e baixo risco de viés, enquanto seis estudos alcançaram qualidade moderada. O sexo dos CDs foram avaliados separadamente no momento da avaliação em relação à percepção e conduta frente aos casos de abuso físico ao idoso. Em apenas três estudos, o tipo de agressor foi identificado. Conclusão: Os CDs apresentaram conhecimentos insuficientes sobre abuso físico da população de idosos. A maioria dos CDs não foram capazes de identificar e gerenciar casos desta natureza na rotina clínica.
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