ENFRENTAMENTO E DIFICULDADES NO MANEJO DO PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA
DOI:
10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.55.56Palavras-chave:
Paralisia Cerebral, Espástica, CuidadosResumo
A paralisia cerebral (PC) tem caráter não progressivo, permanente e essencialmente motora. Resulta de malformações cerebrais apresentando os sintomas conforme a área do cérebro atingida, classificada em quatro tipos de PC, a discinética, atáxica, espástica e mista. Sendo a espástica mais frequente, definida por uma disfunção do sistema sensório-motor caracterizado pelo aumento do tônus muscular e exacerbação de reflexos profundos. Os países subdesenvolvidos apresentam uma incidência de 7 para cada 1.000 crianças nascidas. Ainda que não disponha nenhum fator de risco específico, a literatura descreve que hipóxia perinatal, prematuridade, baixo peso ao nascimento, infecção intrauterina e fatores genéticos são as causas mais citadas. O indivíduo acometido pela PC constitui uma nova perspectiva econômica, social, dinâmica e emocional para a família em que está inserida. Os familiares adentram em uma nova realidade, onde deverão se instruir para realizar a continuidade desse cuidado contando com o apoio do profissional de saúde. Objetivo: Neste sentido, o objetivo foi realizar uma revisão bibliográfica com a intenção de identificar evidências disponíveis acerca das dificuldades e enfrentamentos no processo do cuidar à pessoa com PC espástica. Metodologia: Este é um estudo descritivo, qualitativo e foi realizado nas seguintes etapas: elaboração da questão de pesquisa; busca na literatura dos estudos primários; extração de dados; avaliação dos estudos incluídos; análise e síntese dos resultados e apresentação da revisão. A busca dos estudos primários foi realizada nas seguintes bases de dados: LILACS, BDENF e MEDLINE. Os critérios de inclusão dos estudos selecionados foram: artigos científicos com o tema principal paralisia cerebral, textos na íntegra e disponíveis online, idioma português e publicados no período de 2008 a 2016. Foram utilizadas as palavras-chave: Paralisia cerebral espástica e Cuidados, no qual resultaram 32 artigos. Destes, obteve-se uma amostra composta por 03 artigos que atendiam aos critérios de inclusão. Para a coleta de dados foi aplicado o instrumento validado por Ursi (2005). Resultado: A síntese dos artigos resultou em alguns pontos relevantes como: a necessidade de um profissional preparado, o lazer e os brinquedos contribuem para o desenvolvimento da criança, não existem artigos que abordem a PC tipo espástica como assunto principal, e por fim a necessidade de mais pesquisas abordando pacientes adolescentes e adultos. Conclusão: Assim, concluímos que o atendimento à pessoa com PC realizado por profissionais capacitados e que enxergam suas necessidades de forma integral, possui um resultado positivo, pois quando o cliente tem uma melhor qualidade de vida, a família também é beneficiada. O incentivo ao lazer provoca sensações e habilidades que vão além da satisfação momentânea desenvolvendo afetividade entre as pessoas, estimula a psicomotricidade e cria uma rede de ajuda mútua entre os pais. É interessante criar nos estabelecimentos de saúde espaços com brinquedos e ambientes compartilhados para troca de experiências entre os familiares, estimulando o enfrentamento e a busca de soluções para os momentos difíceis. Apesar de existir um vasto material na literatura sobre a paralisia cerebral, não foram encontrados aqueles que discutissem o tipo espástico com aprofundamento como também suas repercussões em outras fases da vida além da criança.
Referências
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