LOUCURA OU CASTRAÇÃO SOCIAL? REFLEXÃO DE GRADUANDAS DE ENFERMAGEM SOBRE MEDICALIZAÇÃO DA VIDA

Autores

  • Bruna Aparecida Rodrigues Duarte brunaap150@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Mayara Danielle Fonseca Lima limamaya@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Letícia Alves de Aguiar Rubio leticia.ada@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Marília Cunha Côrtes mariliacortes03@gmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Angélica Novaes da Silva angelicanovaess@yahoo.com.br
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Karine Santana de Azevedo Zago karinezagousp@yahoo.com.b
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Lívia Ferreira Oliveira liviaenfermg@yahoo.com.br
    Universidade Federal do Triângulo Mineiro

DOI:

10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.40

Palavras-chave:

Transtornos mentais, Opressão social, Medicalização

Resumo

O termo loucura normalmente remete a pessoa sem produtividade e perigosa. Entretanto, ao refletir sobre construção social do sujeito nas relações de poder, percebe-se que há padronização do como ser no mundo, moldando modos de viver, sentir e o comportamento das pessoas. Justificativa: O presente  relato  de  experiência  se  traduz  na  necessidade  de  refletir  sobre  a  sociedade  enquanto produtora da loucura. Desenvolvimento: Tal reflexão foi construída por meio das discussões produzidas a partir das aulas práticas da disciplina de Enfermagem em Saúde Mental, realizadas no setor de Psiquiatria do HCU-UFU, CAPS Leste e UBSF Luizote, com a participação de um grupo composto por cinco alunas. Nas relações sociais estamos suscetíveis tanto ao poder de opressão, quanto de sermos oprimidos, isso decorre, sobretudo pela forma com que a sociedade padroniza sentimentos e atitudes. Percebe-se que existe um sentimento de castração social dentre aquelas pessoas com transtornos mentais, ou seja, sentem-se  oprimidos  socialmente,  uma  vez  que  não  há  mais  tempo  e  nem  espaço  para  o  sofrer; repensar; e pedir trégua a vida, para que não incorra no risco de fraquejar. Dessa forma, é dispensado ao sujeito por meio do cuidado em saúde, ações medicalizadoras, que é utilizada não somente para tratar transtornos   psíquicos,   mas   também  medicalizar   o  sofrimento,   as  fragilidades  e   potencialidades emocionais, que privam o sujeito de reconhecer-se naquela situação. Os profissionais da área da saúde tendem a medicalização ao invés ou, pelo menos, de forma conjugada, de construir junto com as estratégias de enfrentamento individual, colocando-o como protagonista da sua vida, e do seu próprio tempo. Não se anula a terapia medicamentosa como uma das principais aliadas no tratamento em saúde mental, mas deve-se atentar quando ela culminar em castração emocional. Conclusão: Essa reflexão nos ajudou  a  repensar  sobre  como  nos  forçamos  a  normalização  e  à  padronização  da  vida  a  partir  da castração emocional produzida pela sociedade e reafirmado pelos sistemas de cuidado em saúde.

Publicado

04-06-2019
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Como Citar

RODRIGUES DUARTE, B. A. .; FONSECA LIMA, M. D. .; AGUIAR RUBIO, L. A. de .; CUNHA CÔRTES, M. .; NOVAES DA SILVA, A. .; AZEVEDO ZAGO, K. S. de; FERREIRA OLIVEIRA, L. . LOUCURA OU CASTRAÇÃO SOCIAL? REFLEXÃO DE GRADUANDAS DE ENFERMAGEM SOBRE MEDICALIZAÇÃO DA VIDA. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 40, 2019. DOI: 10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.40. Disponível em: http://revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/162. Acesso em: 17 set. 2024.