POTENCIALIDADES DA EDUCAÇÃO MÉDICA: DIÁLOGO COM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

Autores

  • Hiléia Carolina de Oliveira Valente hileiavalente@yahoo.com.br
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Bruna Carolina Soares Sinhorin brunacarols@yahoo.com.br
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Lineker Fernandes Dias linekeer_dias@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Máyra Bernardes Rocha mayrarocha01@outlook.com
    Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.36

Palavras-chave:

Idoso, Estudantes de Medicina, Experiência

Resumo

Pacientes idosos necessitam de atendimento que leve em conta as demandas familiares, sociais e emocionais em que estão inseridos, considerando suas limitações físicas e individualidades de seu perfil de saúde (VIANNA; VIANNA e BEZERRA, 2009). Partindo desse pressuposto, o presente relato aborda a experiência de alunos do curso de medicina, de uma Universidade Federal de Minas Gerais, ao visitarem uma casa de repouso situada em um distrito rural da cidade. Na situação, foram levantadas problemáticas acerca da criação de vínculo com esse segmento da população, além de especificidades constatadas entre os pacientes entrevistados em que, pôde-se destacar: depressão, limitações físicas e percepções acerca de abandono familiar. Justificativa: Faz-se necessário o contato de discentes ao longo do curso de medicina com pacientes idosos, de forma a adquirir sensibilidade para escuta, desvinculando- se do aspecto diagnóstico-centrado e buscando o entendimento do processo de adoecimento para o paciente. A educação médica carece de diversificação de espaços de ensino- aprendizagem. Assim, visitas às casas de repouso são ferramentas essenciais, ao permitir o compartilhamento de saberes entre o idoso e o discente, fazendo com que o acadêmico entenda as demandas desse segmento da população. Desenvolvimento: O relato partiu de uma experiência proposta pela disciplina de Saúde Coletiva II, em que as professoras levaram os alunos a uma casa de repouso situada em um distrito rural, próximo à cidade.  Ao  chegarem  lá,  foi  realizado  o  estabelecimento  de  vínculo  com  os  idosos  presentes  na instituição. Nesse sentido, após a vivência, os discentes se reuniram em um grupo de discussão e cada um transcreveu individualmente seu relato de experiência. Em seguida foram estabelecidos, de forma qualitativa, eixos de categorias observadas de forma mais recorrente nos relatos. Foi constatada, a partir da  análise  do  material  que  80%  dos  discentes  consideraram  que,  a  partir  da experiência, puderam entender melhor as percepções do idoso acerca de seu processo de envelhecimento, bem como, considerações relativas ao abandono familiar. Além disso, 70% dos discentes relataram ter adquirido uma percepção mais humanística em relação ao atendimento do paciente idoso, identificando formas de aproximarem-se  mais desse perfil de paciente.  Conclusão:  Pela observação dos aspectos analisados, pode-se concluir que o contato de estudantes de medicina com pessoas idosas, principalmente institucionalizadas em casas de repouso, é ferramenta essencial para o entendimento das percepções do próprio paciente acerca de seu processo de adoecimento. Além disso, a experiência permitiu depreender que os discentes assumiram uma posição horizontal no diálogo com os idosos, considerando suas visões de mundo construídas ao longo de suas vidas e potencializando a abordagem humanística direcionada a essas pessoas.

Referências

VIANNA, Lucy Gomes; VIANNA, Cecília; BEZERRA, Armando José China. Relação médico-paciente idoso: desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de janeiro, 34 (1), p. 150-159, 2010.

Publicado

04-06-2019
Métricas
  • Visualizações 0
  • PDF downloads: 0

Como Citar

OLIVEIRA VALENTE, H. C. de .; SOARES SINHORIN, B. C. .; FERNANDES DIAS, L. .; BERNARDES ROCHA, M. . POTENCIALIDADES DA EDUCAÇÃO MÉDICA: DIÁLOGO COM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 36, 2019. DOI: 10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.36. Disponível em: http://revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/159. Acesso em: 17 set. 2024.