AS CONSEQUÊNCIAS DA NEGLIGÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE PARA A POPULAÇÃO INDÍGENA
DOI:
10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.34Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Negligência, Estratégia Saúde da FamíliaResumo
A negligência na prestação de serviços para indígenas no Brasil é uma realidade que os condiciona a lidarem constantemente com doenças facilmente controladas em perímetro urbano. O presente trabalho parte de uma revisão integrativa que analisou pontos principais levantados em publicações que abordassem essa temática. O trabalho permitiu tecer reflexões e problemáticas acerca da universalidade do acesso à saúde, bem como entender as principais dificuldades enfrentadas por esse segmento populacional. Objetivos: Analisar a produção científica de pesquisadores da saúde acerca das consequências da negligência na prestação de serviços de saúde para a população indígena. Metodologia: Revisão integrativa, delimitada por um espaço de tempo de cinco anos de produção acadêmica, entre 2013 e 2018, com a temática de negligência na prestação de serviços de saúde a indígenas, bem como suas consequências para a saúde-adoecimento dos mesmos. Foram utilizados os descritores: “processo saúde-doença”, “negligência”, “assistência à saúde” e “população indígena”. A busca por artigos utilizou as plataformas de dados BIREME, Scielo e PUBMed, através de combinações que fizessem uso dos operadores Booleanos. Os métodos de inclusão partiram de artigos brasileiros, em português que se adequassem à temática e, os de exclusão, artigos repetidos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Resultados: Foram encontrados 51 artigos com a combinação dos descritores de “processo saúde doença” e “população indígena”, 40 utilizando “negligência” e “população indígena” e
84 ao combinar “assistência à saúde” e “população indígena”. A análise dos artigos permitiu identificar que as consequências da desassistência à saúde, para essa população, são observadas principalmente no aumento das taxas de mortalidade-infantil, falta de tratamento de doenças endêmicas e crônicas e, atualmente, no aumento dos índices de doenças sexualmente transmissíveis entre povos indígenas. Conclusão: À luz do supracitado, a presente revisão integrativa permitiu ao grupo concluir que a universalidade do acesso à saúde, colocado nas diretrizes do Sistema Único de Saúde, ainda não atingiram os povos indígenas no Brasil. Também foi identificada a necessidade de mobilização político- social na luta pelos direitos dessa população, bem como as potencialidades identificadas, na análise dos artigos, de estratégias de educação em saúde para a promoção de qualidade de vida e combate de endemias entre esses povos.
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