A PRÁTICA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL RELACIONADA AO DESEMPENHO FÍSICO DE ATLETAS EM ÁREAS NEGLIGENCIADAS
DOI:
10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.32.33Palavras-chave:
Dieta Saudável, Atletas, Saúde do Adolescente, Populações Vulneráveis, Fatores SocioeconômicosResumo
A prática de alimentação saudável tem sido pouco adotada entre os adolescentes visto que esse grupo tende a ter preferências por alimentos ultra processados por serem de menor custo ou pelo fato de estarem inseridos em áreas de vulnerabilidade social, fator que dificulta o acesso dessa população a vários nutrientes essenciais (vitaminas, fibras, ferro e proteínas), ideais para compor uma alimentação saudável (BRASIL, 2014). A combinação de alimentação saudável e atividade física reflete em importância para os adolescentes que almejam a carreira de atleta profissional, contribuindo para conseguirem atingir seu objetivo mais rapidamente (PEREIRA; CABRAL, 2007). De forma a viabilizar a inserção dos jovens no meio profissional, o governo deveria propiciar melhores oportunidades para os cidadãos de baixas condições socioeconômicas, além de incentivar o consumo de alimentos saudáveis, por meio de políticas públicas e ações de impacto social, tais como as hortas comunitárias, orientação nutricional e programas de alimentação saudável, voltados para toda a população, principalmente a negligenciada (BRASIL, 2007). Justificativa: Compreender o discurso de crianças e adolescentes em situação socioeconômica desfavorecida que praticam treinamento para atletas sobre questões nutricionais e fatores que limitam a evolução para atingirem o alto grau de performance e o desenvolvimento muscular. Desenvolvimento: Em agosto de 2018 foi realizada a educação em saúde para atletas de jiu-jitsu, com faixa etária entre cinco e 15 anos, que treinam em uma organização não governamental no Bairro Shopping Park, localizada na zona sul de Uberlândia, Minas Gerais. A atividade proposta estava relacionada com alimentação saudável para atletas e foi realizada através da “dinâmica do repolho”, que ocorreu da seguinte forma: divisão dos atletas em dois grupos, orientação para um grupo escrever na folha de papel distribuída o que compõe uma alimentação saudável e os outros jovens escreveram sobre uma alimentação não saudável. Os papéis foram envolvidos uns aos outros formando uma bola de papel maior, dando origem a um “repolho”. O mesmo foi passado nas mãos dos atletas que individualmente retiravam uma folha e procediam a leitura. À medida que as folhas foram lidas, questionava-se o que é hábito saudável e o que não é, dando início a uma discussão sobre boas práticas alimentares. Os atletas elencaram os alimentos saudáveis: frutas, legumes, verduras, carne, arroz e feijão, totalizando 30 opiniões; os alimentos não saudáveis citados foram: frituras, doces, refrigerante e massas, somando 25 concepções. Obtivemos resultados satisfatórios, uma vez que, os alimentos saudáveis foram os mais escolhidos. Conclusão: A educação nutricional se faz necessária para que os jovens compreendam os aspectos da alimentação saudável, equilibrada, mediante o compartilhamento de conhecimentos sobre os alimentos essenciais e de fácil acesso. Essas ações contribuem para favorecer a mudança de paradigma em saúde, como o incentivo ao protagonismo dos jovens atletas que vivem em situação de negligência em relação à sua saúde e aquisição de alimentação balanceada de baixo custo.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de alimentação e nutrição. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.
PEREIRA, J. M. O.; CABRAL, P. Avaliação dos conhecimentos básicos sobre nutrição de praticantes de musculação em uma academia da cidade de Recife. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 1, n. 1, p.5, 2007.
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