VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: PERCEPÇÃO DO PROFISSIONAL DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
DOI:
10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.11Palavras-chave:
Violência contra mulher, Atenção Primária à Saúde, Violência DomésticaResumo
A violência contra mulher tem se configurado como um grave problema de saúde pública, por ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade feminina. A partir dos anos 90 a sociedade, autoridades e instituições passam a ter um olhar diferente frente à violência contra a mulher, com caráter preocupante em relação aos direitos humanos e a saúde, levando em consideração os princípios organizativos da Atenção Primária à Saúde (APS), percebe-se as maiores possibilidades de prevenção, identificação e promoção de cuidados às mulheres vítimas. Assim, os profissionais desses serviços devem observar sinais de violência com acolhimento ético e escuta ativa, além de ajudar na construção de sua autonomia frente aos seus direitos. Objetivo: O objetivo do estudo é buscar, analisar e cotejar a literatura referente à atenção às mulheres vítimas de violência doméstica no contexto da APS, com enfoque na percepção dos profissionais de enfermagem. Trata-se de uma Revisão Integrativa (RI), que implica em uma estratégia científica de seleção de estudos relevantes em um assunto pré- determinado, envolvendo assim a busca de artigos, análise crítica e categorização dos estudos para discussão, no intuito de responder a seguinte questão: Como a violência contra mulher é abordada na Atenção Primária à Saúde principalmente pela equipe de enfermagem? Após procura dos seguintes descritores “violência doméstica”, “violência contra a mulher‟, ‟atenção primária à saúde‟, foram selecionados 14 artigos que correspondiam ao que foi proposta, grande parte dos estudos selecionados foram de origem brasileira, com método qualitativo, na língua portuguesa e publicados em 2013. Para análise foram construídas categorias de acordo com os assuntos mais evidenciados, sendo: O papel da APS como serviço em relação às mulheres vítimas de violência doméstica; A UBS’s e seu modo de lidar com as situações de violência e acolhimento dessas mulheres; E por fim, os fatores potencializadores e dificultadores na relação profissional- vítima de violência. Diante os casos de violência contra mulher que tem se tornado cada vez mais frequente, se instala a preocupação no modo como essa mulher tem recebido a assistência direta, dos profissionais da atenção primária, o que leva a perceber o despreparo dos profissionais da área da saúde em lidar com os casos que surgem na unidade, desde a identificação do cenário de violência, até providências em relação a saúde dos envolvidos. Torna-se assim visível a necessidade de capacitação destes profissionais, como também a sensibilização da importância de preencher as notificações compulsórias. Buscando trabalhar com a equipe métodos de prevenir e lidar com esses casos dentro da área de atenção, envolvendo toda a rede de saúde, e instituições privadas, para assim, compreender o fenômeno da violência na sua amplitude, possibilitando o melhor enfretamento à violência contra mulher.
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