Integração entre travestis, transexuais e estudantes de medicina: estratégia pedagógica para atendimento em saúde

Autores

  • Máyra Bernardes Rocha mayrarocha01@outlook.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Bruna Carolina Soares Sinhorin brunacarols@yahoo.com.br
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Hiléia Carolina de Oliveira Valente hileiavalente@yahoo.com.br
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Lineker Fernandes Dias linekeer_dias@hotmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia
  • Bruno Oliveira de Paulo brunoliv125@hotmail.com
    Médico
  • Gustavo Cunha Fernandes gustavoobj@gmail.com
    Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.7

Palavras-chave:

Travestis, transexuais, estudantes de medicina

Resumo

Lidar com travestis e transexuais é um tema de difícil abordagem por discentes de cursos da área da saúde, mas, nem por isso, menos importante frente às diversas violências que essa população sofre. Diante dessa realidade, há necessidade de reflexão acerca das limitações do acesso à saúde que transexuais e travestis enfrentam, bem como, de levantar possibilidades para um atendimento mais humanizado direcionado a essas pessoas. Nesse contexto, a partir da nossa experiência foram  levantadas  estratégias  para  o  estabelecimento  de  uma  melhor  relação  médico-paciente,  do mesmo  modo  que,  para  o  avanço  da  educação  médica  na  abordagem  de  populações  de  risco. Justificativa: Evidencia-se a necessidade da abordagem dessa temática na educação médica frente às dificuldades  encontradas  pelos  acadêmicos  envolvidos  no  trabalho  em  manejar  o  atendimento  de travestis  e  transexuais.  Além  disso,  demanda-se  um  olhar  crítico  e  humanizado  no atendimento de populações marginalizadas e de risco e, dentro desse segmento, faz-se um recorte na violência motivada por transfobia,  objeto do presente relato.  Desenvolvimento:  O relato de experiência partiu de uma observação participante realizada por acadêmicos de Medicina, no eixo de Saúde Coletiva II, no Centro de Referência em Atenção Integral em Saúde para Travestis e Transexuais (CRAIST) de atendimento ambulatorial compreendido dentro do hospital-escola da Universidade Federal de Uberlândia. O registro da observação direta considerou aspectos da consulta que os discentes julgaram enquanto potencializadores do olhar humanístico ao lidar com travestis e transexuais. Durante a análise dos registros, o grupo pode constatar que todos os estudantes envolvidos no trabalho que, por sua vez, acompanharam as consultas, mudaram em algum aspecto a visão que tinham a respeito do contexto sociocultural dos pacientes. Ainda nesse sentido, foram identificados padrões de atendimento que deveriam ser adotados considerando, principalmente, a abordagem a ser feita sobre a relação que a paciente mantinha com sua família. Conclusão: Pela observação dos aspectos analisados, conclui-se que o acompanhamento do atendimento ambulatorial de travestis e transexuais por estudantes de medicina é   de   extrema   importância   para   a   aquisição   de   habilidades   de   comunicação   médico-paciente, compreensão de aspectos socioculturais que essa população está inserida, bem como, desenvolvimento do  olhar  humanístico  acerca  do  acesso  à  saúde  por  populações  de  risco.  Ainda  nesse  sentido,  a experiência permitiu concluir que a inserção do discente nesses espaços amplia suas habilidades para condução da consulta com essas populações de risco e ainda, ao fazê-lo, permite um atendimento mais humanizado para essas pessoas.

Biografia do Autor

Máyra Bernardes Rocha, Universidade Federal de Uberlândia

Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia.

Bruna Carolina Soares Sinhorin, Universidade Federal de Uberlândia

Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia.

Hiléia Carolina de Oliveira Valente, Universidade Federal de Uberlândia

Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia.

Lineker Fernandes Dias, Universidade Federal de Uberlândia

Acadêmico do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia.

Gustavo Cunha Fernandes, Universidade Federal de Uberlândia

Acadêmico do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia.

Referências

ROMANO, Valéria Ferreira. Inclusão não-homofóbica: um diálogo entre estudantes de medicina e travestis. Revista Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, Rio de janeiro, v. 3, n. 10, p. 99-105, jul./set.2007.

Publicado

04-06-2019
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Como Citar

BERNARDES ROCHA, M. .; SOARES SINHORIN, B. C. .; OLIVEIRA VALENTE, H. C. de .; FERNANDES DIAS, L. .; OLIVEIRA DE PAULO, B. .; FERNANDES, G. C. . Integração entre travestis, transexuais e estudantes de medicina: estratégia pedagógica para atendimento em saúde. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 7, 2019. DOI: 10.24281/rremecs.2018.09.15.saspnufu1.7. Disponível em: http://revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/136. Acesso em: 17 set. 2024.