SAÚDE MENTAL: A ESPIRITUALIDADE NOS ESTUDOS DE ENFERMAGEM
DOI:
10.24281/rremecs.2018.11.14.spccsaude1.22Palavras-chave:
Religião, Saúde Mental, Espiritualidade, EnfermagemResumo
A área da saúde se interessa bastante pela espiritualidade atualmente, principalmente entre pesquisadores e acadêmicos envolvidos com a área bem como entre a população em geral. O foco que sempre dominou a pesquisa na área da saúde, a doença, vem perdendo espaço para os estudos de características adaptativas, tais como esperança, sabedoria, criatividade, coragem e espiritualidade. Observam-se inúmeras pesquisas sendo desenvolvidas, com rigor científico metodológico e estatisticamente válidos, que indicam uma associação positiva entre religiosidade e melhor saúde física e mental, e a qualidade de vida. O estudo buscou descrever sobre a espiritualidade nos estudos de enfermagem em saúde mental. Estudo de revisão da literatura, os artigos selecionados estavam disponíveis nas bases dados eletrônicos SCIELO, em língua portuguesa e disponibilizados na íntegra; publicados entre 2013 e 2018, totalizando 12 artigos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) não há uma definição correta para o termo “saúde mental” pois é gradativamente relativo e variável de indivíduo para indivíduo. Geralmente, a saúde mental de uma pessoa é influenciada pela sociedade onde está inserida, convivência com outras pessoas e o relacionamento consigo mesmo. Diferenças culturais, características físicas e mentais também influenciam. Entretanto, saúde mental por sua vez define- se por descrever o nível de qualidade de vida de um indivíduo seja ela cognitiva e ou emocional. Para que uma pessoa tenha equilíbrio em sua vida, é necessária a manutenção da saúde mental de tal forma que haja apreciação da vida, motivação, felicidade e desenvolvimento pessoal, atingindo assim a resiliência psicológica. Contudo, o conceito não limita- se apenas por ser a ausência de transtornos mentais, é amplamente colocado e se encaixa em diversos setores da vida de um indivíduo. De acordo com as leis 8.080\1990 e 8.142\1990 do SUS, a saúde é um direito de todos os cidadãos e um dever do estado. Tal lei foi prevista na Constituição Federal de 1988. A lei nº 10.216\02, busca consolidar modelos de atenção à saúde mental para a comunidade de acordo com a Política Nacional de Saúde Mental. A maior das mudanças está na forma de tratamento, onde o modelo isolado e precário foi substituído pelo tratamento em grupo, envolvendo doentes, família, amigos e a comunidade. Desde tempos imemoriais, crenças, práticas e experiências espirituais têm sido um dos componentes mais prevalentes e influentes da maioria das sociedades. Profissionais de saúde, pesquisadores e a população em geral têm cada vez mais reconhecido a importância da dimensão religiosa/espiritual para a saúde. Entretanto, a maior parte dos profissionais da área de saúde não recebeu nenhum treinamento para lidar com essas questões, o que tem criado uma lacuna entre a prática que ainda desenvolvemos e o conhecimento existente sobre a importância da religião e espiritualidade para a vida de nossos pacientes e de sua abordagem no contexto clínico.
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