A AUTOMEDICAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
DOI:
10.24281/rremecs.2018.11.14.spccsaude1.15Palavras-chave:
Automedicação, Profissionais de Enfermagem, ConsequênciasResumo
Os profissionais de enfermagem aparecem em grande escala no ranking da automedicação, pois, lidam diretamente com todos os tipos de medicações, conhecem seu manuseio, suas ações e efeitos, porém, um fator agravante é o fácil acesso aos fármacos, se automedicando, utilizando de forma indiscriminada substâncias para aliviar uma dor ou um sentimento de estresse, na maioria das vezes, causada devido à sobrecarga da jornada de trabalho, procurando manter o ritmo, sem ter que se ausentar da rotina laboral e pela força de vontade de se manter ativo e conseguir conduzir sua rotina e sua vida. Outro fator favorável à automedicação, ou ainda à indicação da mesma a terceiros, é a oferta dos meios de comunicação, que lança na mídia, comerciais de fármacos que parecem “milagrosos” e que são capazes de solucionar qualquer problema, aliviar qualquer dor e fazer desaparecer todo e qualquer sintoma indesejável. O objetivo foi evidenciar a prática frequente da automedicação entre profissionais de enfermagem e descrever as suas consequências. Estudo de revisão da literatura, os artigos selecionados estavam disponíveis na base dados eletrônicos SCIELO, em língua portuguesa e disponibilizados na íntegra; publicados entre 2013 e 2018, totalizando 12 artigos. Existe ainda, entre profissionais da área da saúde e entre leigos, aqueles que procuram por conta própria uma farmácia, relatam seus sintomas apresentados, são orientados pelo profissional do estabelecimento a fazer uso de um determinado fármaco que aliviem seus sintomas, compram o mesmo sem receita médica e fazem uso indiscriminadamente, porém, as reações adversas causadas por esses fármacos acabam por mascarar sinais e sintomas clínicos de várias doenças, retardando e dificultando seu diagnóstico precoce, que seria a chave para procurar um profissional médico, fazer o diagnóstico e ser direcionado ao tratamento eficaz, o mais rápido possível. Dentre as medicações mais utilizadas e que lideram as pesquisas sobre automedicação entre profissionais da área da saúde, estão os analgésicos, os anti-inflamatórios, os antibióticos, os antidepressivos, e ainda, muitos fármacos que possuem a capacidade de mantê-los sob vigilância (acordados), ou ainda aqueles que induzem ao sono. As consequências que a automedicação traz ao profissional de enfermagem mostra que tal ato pode trazer fatos à vida dessas pessoas, podendo surtir desde o efeito desejado de momento, até ter consequências e efeitos indesejáveis, como enfermidades e mascaramento de doenças evolutivas, o que representa, portanto, problema importante que deve ser reconhecido e prevenido. A automedicação entre os profissionais de enfermagem atinge um percentual bem elevado, de muitos anos atrás até os dias de hoje, perdendo apenas para a classe médica e a farmacêutica e, devido a tantos relatos de casos de automedicação, providências deverão serem tomadas, com a finalidade de evitar o problema, orientando às pessoas, em geral e com ênfase nos profissionais de saúde que têm fácil acesso aos fármacos, a não praticarem a automedicação e também não indicá-la a terceiros, com a intenção de prevenir o ato, subsidiando projetos de intervenção através da educação continuada, que busquem a melhoria das condições de trabalho e da saúde da equipe de enfermagem e, como consequência, da população em geral, cuidada por eles.
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