SAÚDE DO TRABALHADOR: DEPRESSÃO E SUICÍDIO ENTRE OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
DOI:
10.24281/rremecs.2018.11.14.spccsaude1.11Palavras-chave:
Saúde do Trabalhador, Enfermagem, Depressão, SuicídioResumo
As situações exaustivas de rotina dos profissionais da saúde, desencadeiam fatores prejudiciais ao seu bem-estar, tais como: necessidade de mais de um vínculo empregatício para obtenção de uma renda satisfatória, o excesso na jornada de trabalho, conflito entre os colegas, acidente laboral ocasionado pela desatenção, excesso de confiança e falta de instrução técnica contínua. De modo que os impactos em suas vidas se tornam propenso ao desenvolvimento da síndrome de Burnout, depressão e consequentemente o suicídio. O objetivo foi descrever sobre a depressão e o suicídio entre profissionais de saúde. Estudo de revisão de literatura, os artigos selecionados estavam disponíveis na base dados eletrônicos SCIELO, em língua portuguesa e disponibilizados na íntegra; publicados entre 2012 e 2018, totalizando 14 artigos. Sabe-se que o cuidar do corpo humano, exige um olhar holístico, principalmente de sua essência existencial. Neste contexto, compreende-se a importância e necessidade do profissional de enfermagem, que para exercer com excelência precisa ter como atributos a dedicação e paciência, trabalhar em equipe, manter-se atento, saber lidar com as pessoas e conhecimento atualizado. Porém, nem sempre é possível manter tal estabilidade, isso gera conflito e insatisfação profissional e pessoal. As dificuldades enfrentadas no ambiente de trabalho de forma negativa, podem afetar a capacidade funcional e moral, interferindo em sua vida psíquica. De maneira, que geram ausência no trabalho, queda na qualidade da assistência prestada e tensão emocional. Frequentemente, a rotina é exaustiva e exige além do que o profissional pode suportar, na qual acarreta a fadiga, o esgotamento físico e emocional, conduzindo-o ao isolamento, seja pela complexidade de cuidados prestados ao cliente, condições precárias de trabalho, sentir-se pressionado e/ou perseguido pelo superior, além das preocupações excessivas em dar conta de tudo. A sobrecarga pode desenvolver sofrimento psíquico, que aliás, apresenta alto índice dentro da classe. Estes fatores desencadeantes supracitados são conhecidos como síndrome de Burnout, uma variável para o risco de suicídio. Entretanto, a patologia que acomete a morte deliberada entre os profissionais da enfermagem é a depressão, pois o transtorno psiquiátrico é um fator de maior risco para o suicídio e que o comportamento suicida é muito comum entre profissionais com diagnóstico psiquiátrico, sendo o transtorno depressivo mais prevalente entre as vítimas. O sofrimento psicológico é tão grande, que a pessoa não consegue enxergar outra saída para livrar-se da dor, a ponto de atentar contra a própria vida. Na maioria das vezes, antes do acontecimento, costuma dar sinais do problema, mas acaba que ninguém percebe e não recebe apoio necessário para evitar o suicídio. Conclui- se que o fator de risco para depressão de um profissional da área da saúde está em alta, fato esse que vem aumentado cada dia mais em nosso cotidiano. Este profissional tem que estar preparando todos os dias, ressaltando que as causas para a depressão são multifatoriais sendo elas: fatores sociais, psicológicos e biológicos. Portanto devemos sobrelevar a qualidade de vida desse profissional, deve ser compreendido não só como profissional da área da saúde, mais como uma pessoa que precisa de cuidados com a sua própria saúde.
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