A DESINSTITUCIONALIZAÇÃO E A MUDANÇA NAS PRÁTICAS EM SAÚDE MENTAL
DOI:
10.24281/rremecs.2018.11.14.spccsaude1.6Palavras-chave:
Desinstitucionalização, Saúde Mental, Reforma PsiquiátricaResumo
O presente trabalho apresenta aspecto do processo de desinstitucionalização que surgiu da necessidade de reformular a assistência em saúde mental, do modelo hospitalocêntrico para o psicossocial. Pois muitas denúncias de membros da sociedade alegavam modelos de exclusão aos cuidados necessários ao direito humano social. Este trabalho tem como objetivo entender o processo de desintitucionalização na psiquiatria e quais foram as mudanças relacionadas aos cuidados das práticas em saúde mental. Trata-se de um estudo descritivo de revisão da literatura, por meio da qual realizou-se o levantamento da produção científica relacionada ao tema. Os artigos selecionados estavam disponíveis nas bases dados eletrônicos SCIELO e MEDLINE, em língua portuguesa e disponibilizados na íntegra; publicados entre 2012 e 2018, totalizando 15 artigos. Nesse processo de reconstrução da assistência psiquiátrica os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), regulamentados conforme portaria do nº 336, de 19 de fevereiro de 2002, baseiam-se em um atendimento substitutivos ao atendimento hospitalocêntrico manicomial. Essas instituições estão preparadas com atendimento médico e psicossocial a amparar os pacientes com transtornos mentais, priorizando sua integração social e familiar em busca da sua autonomia. Esses atendimentos vão além de consultas, tendo como atividades diversas oficinas terapêuticas e culturais, roda de conversa, orientações individuais ou em grupo, entre outras. Para entender o que foi a reforma psiquiátrica e quais foram as mudanças significativas. A reforma psiquiátrica consistiu na modificação de saberes e práticas em relação à alienação, na percepção da complexidade do objeto de intervenção e também em recompreender o sofrimento psíquico, bem como em extinguir hospícios internos e externos que têm aceitado determinadas formas de pensar e agir, reinvenção de modos de lidar com a realidade. A solidificação, expansão e qualificação da rede de atenção à saúde mental, especialmente nos CAPS, foram os principais objetivos das ações e normatizações do Ministério da Saúde. Estes se constituem em serviços estratégicos na organização da rede de atenção à saúde mental num determinado território, a expansão destes foi de extrema importância para mudar o cenário de atenção à saúde mental no Brasil. Concluímos que esse processo de desinstitucionalização, é a reforma da psiquiatria. Onde os cuidados que antes eram realizados em hospitais agora são realizados nos CAPS, que foram criados para cada necessidade diferente. Esse processo tem lados negativos e positivos se tratando tanto para paciente como para os profissionais da saúde, por exemplo não ter médicos para atendimento aos finais de semanas. Esse processo foi criado a partir do descaso em clínicas psiquiátricas que somente sedavam os pacientes, fora outro mal tratos. Essa ideia é reintegrar o paciente ao meio em que ele vive e tratá-lo com a ajuda da convivência dele com familiares e comunidade, estar perto da família, fazer visitas, conscientizar familiares e a comunidade de como lidar com os surtos. É fundamental que o enfermeiro esteja aberto a várias possibilidades, participe das discussões sobre o processo de reforma psiquiátrica.
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